sábado, 30 de junho de 2012

THE BEATLES - GIRL





A fonte da eterna juventude é o ...


(Clique nas imagens para vê-las em modo ampliado)

Somos seres fluídicos, aquosos, e
especialmente dotados de recursos
para fruir e emanar beleza.















Entre outros sinônimos para beleza, encontrei
encanto, bondade, venustidade.














Em perfeição encontrei "beleza" como sinônimo.



Pingo dágua no oceano.


As águas de nosso lago interior são calmas ou revoltas?


A beleza é doativa, por isto seu sinônimo de bondade.


Podemos ser vistos pelo sinônimo do que somos.
Tão encantadores quanto mágicos, melhor: eternos.

Somos puro espírito que anda, nada, voa.
Você pode voar se de espírito tranqüilo.

Sinta o movimento de suas águas calmas, claras.
Movimento de vôo. Voar é integra(-se) a algo maior, e não importa quanto, será no tanto que pôde caber.

Para dar forma à juventude eterna é preciso liqüefazer-se.
Sem água, pra que serve juntar cimento, cal e areia?

Pomos nossa alma no que fazemos?
Damos liga?
Que liga?

Não é preciso sondar-nos à procura da mina.
A fonte da eterna juventude é o presente.

O presente tudo é, tudo está.
Nele tudo somos.

(Fotos da internet enviadas pelo amigo Dagmar Vecchi da Costa´
Título do e-mail: ÁGUA...Beleza Fotográfica...)

Jairo Ramos Toffanetto

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Imagens e a linguagem do sentir (2)









Fotos tiradas na entrada da cidade pela Estrada Velha de São Paulo
(Ao fundo a Rodovia Anhanguera)



Estas imagens, assim como as da postagem anterior (http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/06/do-alto-da-barroca-e-linguagem-do.html) foram fotografadas ontem, segunda feira. 

A Regina e eu finalizávamos alguns compromissos pela cidade quando fomos surpreendidos pela colorida imagem de uma árvore no alto da barroca. Corríamos com o tempo. Deixei marcado para fotografá-la  no caminho de volta, afinal, não era apenas um registro fotográfico que eu desejava daquela árvore, precisava ficar perto dela... parar o tempo... alcançar um estado para além do clicar a máquina.

Sempre fui apaixonado pela gradação de lux do sol sobre os dias de inverno. Desde o outono que a luminosidade solar clareia o mais sutil, expande o mais leve, realça o mais susceptível, e nos fala da vida por um viés mágico, radioso. 

O paciente outono nos segreda o belo. O inverno é longânime, fala-nos da esperança para além das nossas forças, cochicha-nos a vida imorredoura, o acolhimento da eternidade e sua concentração de energia nas raízes para a rebentação dos brotos logo na primavera. 

Enquanto eu aguardava a Regina voltar, de dentro do carro eu sentia a atmosfera radiosa daquela manhã, bebia o avarandado azulzinho do céu, largava as vistas na refração colorida de tudo em volta.


O estado para fotografar finalmente se abriu quando, naquela poesia transluzente, estiquei o pecoço para trás. Num átmo de segundo senti a natureza falando da morte como uma semente para vida, a primavera velada que o inverno guardava para ela vestir. CLIC 


Jairo Ramos Toffanetto


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Do alto da barroca e a linguagem do sentir



 

Foto de ontem de manhã, às 10:40 h. Ao funto a Vila Rami e a Serra dp Japi
(Clique nesta foto para vê-la em tamanho ampliado)
 





























Jairo Ramos Toffanetto

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tao Te Ching


O Tao Te Ching ou Dao de Jing,
"O Livro do Caminho e da sua Virtude".



(Cap.1)

O Tao de que se pode falar não é o verdadeiro e eterno Tao.


O nome que pode ser dito não é o verdadeiro nome.

O que não tem nome é a origem do Céu e da Terra

E o nomear é a mãe de todas as coisas.



Sem a intenção de o considerar,

Podemos apreender o mistério e as suas subtilezas,

Através da sua ausência de forma.

Tentando considerá-lo, só podemos ver a sua manifestação

Nas formas que definem o limite das coisas.



Ambos provêm da mesma fonte e são o mesmo.

Diferem apenas devido ao aparecimento dos nomes.

São o mistério mais profundo,

a porta para todos os mistérios.


Notas:

- Quando vemos uma cor ou ouvimos um som, há um momento breve inicial em que o nosso cérebro ainda não fez um julgamento sobre a nossa percepção; não sabemos ainda que som ou cor é, nem sequer temos ainda uma consciência clara que estamos a ouvir ou ver alguma coisa. Estamos no domínio «do sem nome», do vazio indiferenciado que nunca pode ser exausto ou descrito. Depois, quando emerge a consciência e o pensamento, que tem por base a linguagem, passamos ao domínio «do que tem nome» e vemos então todas coisas diferenciadas, cada uma com o seu nome. É com o aparecimento dos nomes que aparecem todas as coisas e o Um se transforma em muitos.

- O Caminho do Tao é o caminho de volta ao estado de graça em harmonia com o Tao.  O universo é como um organismo vivo resultante da expansão vitalizada do Tao (a ordem natural, a providência). O Tao manifesta-se continuamente no fluxo e refluxo constante de todas coisas que existem e que foram criadas pela sua actividade.

Outra postagem (verso 76):
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2011/05/dao-de-fing.html

terça-feira, 26 de junho de 2012

Como matar uma árvore (PRÉ-REQUISITOS importantes)


10 Pré-requisitos

para matar uma árvore: 


1. Nada saber de flores e frutos, folhas tenras, brotos e sementes, sombra fresca, ninho de passarinho, balança...

2. Ser desumano. O humano "humaniza" tudo o que toca..

3. Deve ser alguém que só tira pois não tem nada para dar.

4. Alguém que nunca teve colo de mãe, ou recebido gestos de carinho ao caminhar pela estrada da vida, porque ao andar só reconhece abrolhos e espinhos.




5. Não deve ter princípios, já que é posssesso de desejos mórbidos à espera de brotar como chaga no meio ambiente comum a todos.

6. Ser aquele que nunca saudou o irmão sol e a irmã lua.

7. Aquele que só odiou porque acredita que a bondade nunca sorriu para ele(a).

8. Alguém que não tem nada que vale a pena defender na vida, por isto ataca.

9. Ser covarde para atacar vidas indefesas e estar sempre pecando contra a inocência e a beleza.

10. Ser uma alma penada. Aquela que escapa do inferno para atormentar o mundo das pessoas que reverenciam a vida e seu Criador.

Jairo Ramos Toffanetto


Outras postagens sobre o mesmo tema:
O demônio de Itapetininga e seu "Monumento da Dor":
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/06/o-demonio-de-itapetininga-e-seu.html
Como matar uma árvore:
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/01/como-matar-uma-arvore.html

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O demônio de Itapetininga e seu "Monumento da Dor"


Encontrado esta foto no Google Imagem 
(http://www.sudoestehoje.com.br/novoportal/2011/10/01/estao-matando-nossas-arvores/), chamou-me atenção o que vinha escrito sob ela: Quem poderia matar esta árvore tão linda?. Foi o que me ensejou blogar respondendo esta pergunta.
"Monumento da Crueldade e da Dor e o seu autor: O Demònio de Itapetininga"
Respondo a esta poética pergunta com o título desta postagem, mas sinto que compete algumas digressões:

O "Demônio de Itapetininga" fez desta linda árvore um tormentoso monumento da crueldade e da dor para nos fazer sofrer junto com ela. Os demônios são à favor da morte e não da vida.

Da árvore só ficou o espectro do que este malfeitor público é por dentro: seco, descolorido, morto. O que corre em suas veias não é sangue, é veneno. Veneno capaz de matar tudo o que toca, inclusive árvore.

O céu não é pertence dos inescrupulosos, dos maldosos, dos egoístas, e sabem porque? No inferno não tem céu, e nem árvore para limpar o cheiro de gases mefíticos.

Tais demônios se parecem com gente normal. É necessário saber identificá-los para não ficarmos expostos à sua sanha.
Alguns deles sorriem com ares de gente do bem. Não se deixe enganar, são mestres do iludir inocentes.

Os inescrupulosos, os maldosos, os egoístas invejam o belo, a luz, as cores, pois são o seu contrário. Atacam-no porque não o suportam. Mestres da escuridão não suportam a Luz que ilumina o belo. Luz é vida.

Quando este  bestial serial killer ambiental envenenou esta árvore impetrou apagar a luz. Quiz nos fazer acreditar no fim do mundo, no fim das coisas belas, no fim da delicadeza e sua dadivosidade.

Tais demônios estão espalhados por muitas cidades brasileiras. Como os ratos e as baratas, devem beber água de esgôto, daí o seu veneno, seu cheiro de enxôfre, sua podridão.

Há minha indignação também vem de semelhante fato ocorrio aqui em Jundiaí, e por mim fotografado e denunciado em meu blogue http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/01/como-matar-uma-arvore.html

Veja também:
Por Um Mundo Bem Melhor
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/03/internet-e-mesmo-bela.html

Jairo Ramos Toffanetto

domingo, 24 de junho de 2012

Há remédio contra o mal do egoísmo?

Remédios do Dr. Ramos - IX (reedição revisada)

 

Panacéia contra o mal do egoísmo 

Antes da prescrição, convém relatar que o tratamento do doente se direciona à sua contumaz fraqueza de espírito. Como o reconhecimento disto é deveras improvável, recomenda-se que o paciente verifique o quanto lhe falta de reverência à vida. 

Tratamento mais indicado: uso de óculos com lentes da humildade. Como possivelmente ele cegaria o enfermo, convém o pré-uso de outros óculos. Inúmeros relatos garantem que o uso preliminar das lentes do respeito a tudo e a todos podem bastar. Todavia, como nenhum destes óculos de ampla visão são de prescrição oftálmica, não haverá “modelitos” a gosto. Garante-se que, apesar do paciente sentir perder o chão no período de adaptação ao uso, aos poucos terá a sensação de samba nos pés, e logo logo poderá entrar no bloco dos desprendidos portadores de sorriso franco, ou cantar "Salve a Simpatia" na banda do Zé Pretinho.

No céu desta manhã de domingo

IMPORTANTE: Antes que se jogue fora esta receita, pergunte-se se realmente quer a felicidade ou apenas ficar contente. Para ficar contente basta tomar umas latinhas de cerveja. Para ser feliz Feliz... ah será preciso trabalhar(-se). Comece pela construção do olhar interior. Lá aonde você não pode mentir para si mesmo. Ao se perceber assobiando uma velha canção, ou indo ao encontro do outro para ser útil no ponto em que ele possa precisar, volte à recepção da Clínica do Bem-Estar e marque retorno à consulta.



Jairo R. Toffanetto

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Empresas sobre a égide de mentes comuns



Porque trabalhamos?
“Trabalhamos porque o mundo não está terminado,
e cabe a nós desenvolvê-lo”
(Joan Chittister)




Nas empresas, é comum verificar que muitas pessoas trabalham desconectadas do que estão fazendo e do ambiente em torno, das metas a serem alcançadas ao modo individual ou em grupo, e das novas e imperiosas solicitações do momento. 

Porque esquivam-se dos problemas, estão sempre faltantes de solução. Quando se movem fora da rotina vão a contra-gosto e apenas sob comando superior. Nada mais dão de si. São faltantes de atitude responsiva, e se cobrados dela, encontram as mais descabidas justificativas. Dizem não dar um passo a mais porque não é sua função ou porque não são pagas para isto, e que garantem fazer a parte que lhes cabe, o que quer dizer: "nada além disto". Por não possuírem existência própria, fecham-se em auto-defesa, optam pelo mutismo, e quando desafiadas respondem com a mente do grupo, no automático. Sofrem do mal da estagnação do eu. Eis as pérolas mais comuns da boca destes:

- Ah, isto não é comigo.
Procurando iludir quem os puxam para a atividade, representam-se como por dentro da solução, e minando aquele que precisa de ajuda, dizem:  
- Isto é da parte do fulano e do sicrano. Porque você não fala com eles?

Por muito tempo este tipo de “não atitude” era classificado como “falta de comprometimento para com o trabalho e para com a empresa" e que foi vencida pelo cansaço, desgastando-se pela mente comum das justificativas vazias ou da dessimulação. Perdeu a força de expressão capaz de gerar conflito interior no indivíduo e levá-lo (provocar) a uma mudança de comportamento. Deixou de gerar aprimoramento do e conseqüente desenvolvimento profissional e pessoal. Antigamente dizia-se direto ao assunto: "fulano é preguiçoso". 
 
Gente predisposta a servir são melhor resolvidas como indivíduos e, por isto mesmo, são exemplares (no comum são tidas como "puxa-saco"), pois continuam indo ao encontro do outro com o melhor de si para dar, mas não são acompanhados pela mente do grupo. 

Aqueles que não se integram ao trabalho, trabalham na desintegração da empresa. São elementos desagregadores que atuam na desintegração profissional, social e humana, nocivos para o bem em comum de qualquer negócio.

Aquele que não não dá algo a mais para o seu trabalho e para o do outro, não cresce como profissional e ser humano. Integrar-se à empresa é romper os limites da experiência para favorecer o bem em comum do trabalho, é sair da rotina, sair da zona de conforto para juntar as mãos, é fazer parte do processo. Deixar de trabalhar só para si (pelo salário ao fim do mês) significa ampliar a visão para aumentar seu campo de ação. É colher resultados não só para si, mas também para o todo (colegas, empresa, clientes, sociedade.,


Os que recusam este "integrar(-se)" são facilmente identificados como os que mais reclamam. Recusam a ação de avançar, de ir para a melhor solução que possa caber. Nada criam ou projetam, nem contribuem ou produzem, ou transformam. Tornam o seu ambiente de trabalho como "Meia-Boca e Cia." Participar no mínimo é contribuir com nada, e ainda se apresentam como carentinhos (leia-se "carentes") e dão sintomas de excluídos.

Os “conectados” (leia-se: integrados) estão sempre se perguntando aonde poderiam melhorar em cada atividade. São pessoas atentas ao seu trabalho e ao enredor, desconhecem rotina porque amam tudo o que fazem, são exemplos de conduta e de vibração inspiradora a ser seguida. Reconhecem seus limites e tudo fazem para os superar, inclusive pedindo ajuda quando necessário. São gente de boa fé. Fé que os põem em movimento com a força de mover montanhas. Gente, equilibrada, cheias de entusiasmo do bem servir. Para estes, o trabalho é vida.

Como conectar os desligados ao processo evolutivo do meio ambiene de trabalho? Bem, isto já é assunto para uma nova postagem.

Jairo Ramos Toffanetto

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Haicai raio

Hay. Cai
pingo de chuva
molhando a terra

Céu cantando no telhado.
Da janela chuva cochicha
sonhos que madrugam

Em haicai de chuva
trovão bateu à porta
com mil pingos versos

Relâmpago,
clarão num verso
ribombo trovado

Chuva,
carícias de céu e Terra
para lagos e rios.
Almas úmidas

Enxurrada,
torrentes de céu
molhando pés
calçados de pó

Molhada de céu,
a manhã se levanta
com os passarinhos


Jairo Ramos Toffanetto

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Artista da vida


O seu dia está compondo formas e cores. Veja o traço do seu desenho. Há algum? Se há, atenção, ele sempre pode ser melhorado. Ao fim do dia, veja o resultado.

                               Jairo Ramos Toffanetto

sábado, 16 de junho de 2012

O silêncio é buliçoso


Diante da Grandiosidade só nos resta a gratidão, este sentimento que nos move aumentar e aumentar de tamanho para ajudar construir um mundo cada vez melhor e melhor.  

Jairo Ramos Toffanetto

sexta-feira, 15 de junho de 2012

- Semana do Meio Ambiente "A Favor da Vida"

Notícias de Um Mundo Bem Melhor



Após uma forte ventania, um filhote de beija-flor caiu do ninho junto com o seu irmão nas dependências da casa de uma pessoa de Campo Grande/MS-Brasil. Um dos pequenos não resistiu o impacto, mas o outro filhote passou a ser cuidado pela mãe enquanto a pessoa segurava o filhote em suas mãos. Um momento de plena confiança e cumplicidade, registrados para a sensibilização com a nossa querida natureza.


Temos o privilégio de compartilhar um mundo que constrói a Paz.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Messiah - Handel -


(Coragem!!!)

Messiah -
Georg Friedrich Händel
Academy and Chorus of St Martin in the Fields
Chorus master: Laszlo Heltay
Sir Neville Marriner ( conductor )
Point Theatre
Dublin 1992


 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Foto da intoxicação ocular e seu antídoto











Vendo esta foto da Internet, imediatamente senti vontade de provar esta combinação de morango com chocolate. Arrazoei que o chocolate deveria ser meio amargo para não se sobrepor ao gosto do morango. Depois fui ver os dizeres abaixo da foto, dizia "Porque gastronomia também pode ter um quê de decoração!" Bem, por motivos estéticos, parece que não importa muito salvar o gosto silvestre do morango em contraponto ao mais pesado chocolate, mas apenas transformá-lo em tacinha.

Gastronomia parece-me um nome excessivo, grandiloqüênte demais, até dogmático. Tudo que é estufado é vazio por dentro. Quanto à decoração, sempre vale a criatividade, mas faltou a bandeja no lugar do vilão do meio ambiente: o prático prato plástico. Uma "judiaria" (leia-se judiação) com os morangos e com a gente. Tudo bem que é para comer com os olhos, mas ficou meia-boca, né!!! Sobre a pecha da tal pseudo-requintada decoração, virou cáca, a irmã do cocô. É interessante como as coisas entram por um buraco (a Internet) e saem pelo outro, e ninguém abre questionamento algum (?). A foto é uma intoxicação ocular.

Se tivéssemos o mesmo alinhamento automático com os prazeres da boca - os sabores (devivação de saber) - com os do espírito, certamente engoliríamos menos com os olhos e estaríamos mais atentos com o que sai pela boca, poluiríamos menos o meio em que estamos, e teríamos as vistas mas limpas.

Jairo Ramos Toffanetto

terça-feira, 12 de junho de 2012

"Vida de Morte" ou "Cara de Não me Toque"


Pieter Bruegel


Eram os primeiros momentos de céu claro da manhã de hoje quando percorri uns duzentos metros pelo caminho de ida e volta à Padaria Avenida. Tanta chuva nas últimas semanas...  A natureza cantava com os pássaros. Havia uma festa para os ouvidos, para os sentidos, e a promessa de um dia lindo, afinal, estamos no já crepuscular outono.


Pieter Bruegel

Enfim, cruzei com mais de dez pessoas indo para os pontos de ônibus. Vinham de cabeça baixa, olhando para o chão, fixas no próprio umbigo. Não creio que auscultavam os pássaros. Naquele lusco-fusco matinal, é certo que, pelo medo, identificaram-me de longe. Esconderam os olhos pelo medo de serem abordadas com um "bom dia" de mesmo entusiamo que os pássaros. Medo de que seus olhos gordos e sem a íris fossem descobertos. Olhos vitrificados, cegos, medonhos, de gente que dorme com a cabeça para baixo e os pés dependurados no alto. Se fossem soltos no meio de algumas de nossas tribos indígenas, certamente seriam comidos, afinal, pensariam eles, para que serve gente que dentro não tem nenhum canto de passarinho. 

Jairo Ramos Toffanetto

Johnny Winter - Be Careful With A Fool



sábado, 9 de junho de 2012

Concurso da Nikon escolhe melhores microfotografias do mundo


GALERIA DE FOTOS

O CONCURSO NIKON SMALL WORLD
 premiou os dez melhores trabalhos em microfotografia - de um total de cerca de 2 mil fotografias submetidas de várias partes do mundo.


O professor Bernardo Cesare, do Departamento de Geosciência da Universidade de Pádua, conseguiu o nono lugar com esta foto de uma rocha magmática, ampliada cinco vezes.


 foto acima mostra fibras de algodão, ampliadas 200 vezes, e foi feita por Lloyd Donaldson, do Centro de Pesquisas de Biomateriais da Próxima Geração, Nova Zelândia. Garantiu ao cientista o oitavo lugar.


Vários brasileiros também se inscreveram. E o melhor resultado foi o quinto lugar de Bruno Vellutini, da USP, com a foto da superfície oral de uma estrela do mar, numa ampliação de 40 vezes.


O concurso é aberto a candidatos do mundo todo. O segundo lugar, acima, ficou com Gerd Guenther, de Dusseldorf, com a foto da haste da flor da 'Sonchus asper', ampliada 150 vezes.


O Nikon Small World é realizado desde 1974. Acima, o terceiro lugar, foto de Pedro Barrios-Perez de emulsão usada na fabricação de semicondutores, com ampliação de 200 vezes.



No Site da BBC Brasil - Notícias,

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sumiço de borboletas


O mundo não seria o mesmo sem as borboletas, as flores, o colibri, a natureza dadivosa... É a vez do homem fazer o mundo diferente, um mundo inteiramente novo, Um Mundo Bem Melhor.
Borboletas "monarca", muito comuns no Brasil

Sumiço de borboletas
Um estudo de fotografias aéreas digitais tiradas na reserva da borboleta entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010 mostrou que 1,5 hectares de florestas de pinheiros e abetos foram perdidas para a extração ilegal de madeira no último ano, o que representa 97% menos do que a figura do ano anterior. Em seu ponto mais grave em 2005, foi registrado uma devastação de 461 hectares no ano, 300 vezes mais do que este ano. Um estudo da WWF – conduzido com o Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma do México – indicou que este ano chegou ao México apenas um quarto das borboletas que o inverno do ano passado. Este é o menor número de nos últimos 17 anos.
Fonte: Agência Estado

Jairo Ramos Toffanetto

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Pablo Neruda - "É proibido" e "Sê"

É Proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.


Voltada para o Oceano Pácifico, a vista do quaarto do poeta
Valparaiso - Chile
 Sê

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Carlos Lyra - Saudade Fez Um Samba



Saudade Fez Um Samba
Composição: Carlos Lyra / Ronaldo Boscoli

Deixa que meu samba
Sabe tudo sem você
Não acredito que meu samba
Só dependa de você
A dor é minha em mim doeu
A culpa é sua o samba é meu
Então não vamos mais brigar
Saudade fez um samba em seu lugar

Se É Tarde Me Perdoa
Composição: Carlos Lyra/ Ronaldo Bôscoli

Se é tarde me perdoa
Mas eu não sabia que você sabia
Que a vida é tão boa
Se é tarde, me perdoa
Eu cheguei mentindo
Eu cheguei partindo
Eu cheguei à-toa
Se é tarde, me perdoa
trago desencantos
De amores tantos pela madrugada
Se é tarde me perdoa
Vinha só cansado

Primavera
Composição: Vinicius de Moraes / Carlos Lyra

O meu amor sozinho
É assim como um jardim sem flor
Só queria poder ir dizer a ela
Como é triste se sentir saudade

É que eu gosto tanto dela
Que é capaz dela gostar de mim
E acontece que eu estou mais longe dela
Que da estrela a reluzir na tarde

Estrela, eu lhe diria
Desce à terra, o amor existe
E a poesia só espera ver
Nascer a primavera
Para não morrer

Não há amor sozinho
É juntinho que ele fica bom
Eu queria dar-lhe todo o meu carinho
Eu queria ter felicidade

É que o meu amor é tanto
Um encanto que não tem mais fim
E no entanto ele nem sabe que isso existe
É tão triste se sentir saudade

Amor, eu lhe direi
Amor que eu tanto procurei
Ah, quem me dera eu pudesse ser
A tua primavera
E depois morrer Maria Ninguém
Letra e música: Carlos Lyra Pode ser que haja alma melhor, pode ser, Pode ser que haja alma pior, muito bem. Mas igual à Maria que eu tenho, No mundo inteirinho, Igualzinha não tem. Maria Ninguém, É Maria e é Maria, meu bem. Se eu não sou João de nada, Maria que é minha é Maria Ninguém. Maria Ninguém, É Maria como as outras também. Só que tem que ainda é melhor do que muitas Marias que há por aí, Marias tão frias, cheias de manias, Marias vazias do nome que tem. Maria Ninguém, É um dom que muito homem não tem. Haja visto quanta gente que chama Maria, E Maria não vem. Maria Ninguém, É Maria e é Maria, meu bem. Se eu não sou João de nada, Maria que é minha é Maria Ninguém. Tum, tum, tum, tum, tum... Maria Ninguém, É um dom que muito homem não tem. Haja visto quanta gente que chama Maria, E Maria não vem. Maria Ninguém, É Maria e é Maria, meu bem. Se eu não sou João de nada, Maria que é minha é Maria Ninguém.


Carlos Lyra e Sylvia Telles


















Você aprende com os fortes ou com os medíocres?


Este vídeo é tema de treinamento corporativo que tenho ministrado em várias empresas. (Veja resumo abaixo)



Quando se ama o que faz, nada te tira do caminho. Quando se tem um objetivo, desafios são vencidos, um após o outro.

Escrevem a história de sua vida com a determinação dos fortes. Passam por nossas vidas deixando marcas em nosso "eu".

São gente que por gostarem de si mesmas gostam dos outros. Tudo sopra à favor do cumprimento de sua missão de vida - exemplarmente.

Faça sua escolha AGORA:
Você aprende com os fortes ou com os medíocres?
Você fica com os fortes ou com os derrotados?
Quais lições você tira da vida?
O que você aprende com ela?
Quais respostas você dá para a vida?
Você ama o que faz?
Você tem um objetivo, uma missão de vida?
Você marca o "eu" de outras pessoas?
Você gosta de gente?
Você gosta de si mesmo?


Jairo Ramos Toffanetto

Toninho Horta - Heineken Concerts - 1993



Hotel Nacional Rio / RJ
* Toninho Horta, Gary Peacock e Billy Higgins
HEINEKEN CONCERTS:
Gravação: TV Cultura de São Paulo

domingo, 3 de junho de 2012

Pyotr Ilyich Tchaikovsky - Symphony No. 6 "Pathétique" in B minor, Op. 74


Pyotr Ilyich Tchaikovsky
- Symphony No. 6 "Pathétique" in B minor, Op. 74 (1893) :
1. Adagio. Allegro non troppo
2. Allegro con grazia
3. Allegro molto vivace
4. Finale. Adagio lamentoso. Andante

Moskow Radio Symphony Orchestra
Conductor - Vladimir Fedoseyev
Recorded live at the Alte Oper Frankfurt, 1991

Vladimir Fedoseyev

Aos pouco acostumados com estas peças clássicas,
sugiro começarem pelo movimento: "3. Allegro molto vivace" e que pode ser acessada diretamente correndo o mouse até aos 28 minutos.

 Tchaikovsky escreveu aos amigos dizendo que nunca se orgulhou tanto por escrever esta sinfonia.

sábado, 2 de junho de 2012

À família Mendonça Bravo. In memorian de Maria de Lourdes


Algumas pessoas partem de nosso convívio
e ficam em nossos sentimentos
falando-nos da eternidade.
Presentes em sentimentos fugidios,
cantam com os pássaros, com a água que corre.
Vão no riso da criança que brinca,
no olhar de bondade do desconhecido,
nos estalidos de tamancos da menina pela calçada.
Estão no facho de luz entre as folhagens
dourando o chão como um presente radioso.
Pessoas que escreveram suas vidas com delicadeza,
perfume suave,
poema em reverência a algo incomensurável.

Uma madressilva alcançou o céu.
Dá-lhe a mão o Poeta Maior.
Hoje ela é Poesia.

Jairo Ramos Toffanetto

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Haicai - Op. 505 - "o"




"o"
o vazio

a se plenificar,
integrar-se ao Cósmo

                            Jairo R. Toffanetto