Dias canoros de dezembro (Parte 1)
Dezembro de puro embate para mim. Especialmente nesta época de Natal e também agora nesta passagem de ano. Troquei a caneta-tinta- e-papel (meus haicais) por martelo e talhadeira. Martelei, quebrei, arranquei tudo o que havia incrustado na minha casa interna e externa. Nalgumas vezes o martelo me acertou o dorso da mão esquerda em contíguo ao indicador. Doeu, especialmente na terceira e quarta pancada. Hematoma... Aprendi a olhar mais o que a mão direita faz para não ferir a outra. Tenho passado ileso de novas batidas contra, no caso, aprendi com a dor. Nada a lamentar quanto ao trabalho, ao suor mental, a dor... afinal, tenho uma causa justa para com este fazer, um objetivo lá na frente. Mais duas semanas e... pronto.
Neste embate, suor e muita água fresca, você fica tomado pelo que está fazendo. Embora eu ouça o mundo acontecendo lá fora - moro ao lado de uma ruidosa avenida vicinal - tudo fica parado parado, enquanto sinto o Dia luz em movimento. Sinto-o pelas diferentes claridades que passa pelas vidraças e chegam dentro de mim. Movimento que geram ambientações que jamais serão esquecidas ao suor, à sonoridade das ferramentas... Entre paradas para um copo de água e outro, ouço passarinhos cantando dentro de mim lá fora. Dias canoros de dezembro. (JRToffanetto)
Parte 2 (Ontem eu quis ver o que escreveria no meio do embate de tempo integral em que ...
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