domingo, 31 de março de 2013

Wynton Marsalis Septet - Pedros Getaway




From Umbria Jazz 1994 The Wynton Marsalis Septet with Pedros Getaway. Wynton Marsalis Septet:
Wynton Marsalis-Trumpet, Victor Goines-Tenor Sax/Clarinet, Wes Anderson-Alto Sax, Wycliffe Gordon-Trombone, Eric Reed-Piano, Ben Wolfe-Bass, Herlin Riley-Drums.

Neste domingo de Páscoa.


Uma imagem marcou um certo domingo de Páscoa da minha infância. Minha mãe me dissera para eu encher uma bacia com água para ver o Cristo no céu.

O céu era azul como o desta manhã, límpido como a água na bacia, mas nela o céu não se refletia.

- Manhê... não estou vendo nada. Nem o céu azul aparece.

Da cozinha ela me responde:

- Continua olhando que Ele já aparece.

Eu devia ter oito anos de idade. Sei disso porque foi o ano em que mudamos do Jardim Pitangueiras para a Vila Progresso. Por fim, com as mãos eu ia jogando a água para vê-la escorrer pelo quintal como um rio a separar formiguinhas e ilhar outras. Só faziam a passagem se o fio de água cessasse de escorrer

Agora fiquei sabendo que lá no Rio Grande do Sul se fazia a mesma brincadeira com as crianças. Coisa da mente coletiva da época.

Hoje o céu amanheceu azul e límpido como o daquele domingo de antigamente. Pois enchi  um balde com água e nela dissolvi um pouco da pedra de anil. Enfiei a cabeça dentro e me vi refletido na superfície da água.
 
Quem me dera a transparência da água límpida.
Bem que tento.
Quem me dera ver Jesus, o Cristo em mim.
Bem que atento
mas...
desatento à atenção
a passagem acontece
 
Eu Sou o Cristo que há em mim
desde as pequenas ações?

 


Jairo Ramos Toffanetto

"Encontrando o saber" (Poema de M.F.Taschetto)


"Encontrando o Saber"
Poema de Marcos Fioravante Taschetto:

O Marcos é psicólogo e yoguin. Em seu blog "Olhar do Yoga" ele escreve com a naturalidade do respirar, do alento primordial. A serenidade presente em suas crônicas do cotidiano é da cor do nosso planeta, azul e totalmente imprescindível. Seu poema "Encontrando o saber" dá o sentimento de música em sua composição antes da escrita. http://olhardoyoga.blogspot.com.br/
 
Jairo Ramos Toffanetto
 

sábado, 30 de março de 2013

Flagrante São Paulo (Exposição de Imagens X)

Fotos JRT 2012/13
Clique na imagem para ampliar


Avenida Ipiranga















Av. Ipiranga









Av. Tiradentes
 
Av. Leandro Dupret
 
Av. Paulista
 
 

Pé de Árvore da Vila Clementino/SP (IX - Exposição de Imagens)


Fotos JRT - 210313
Clique na imagem para ampliar




 
 
 
 
 







Zimbo Trio - "Kao, Xangô", "Apêlo" e "A Felicidade"


Trio instrumental brasileiro referência em
música popular brasileira e bossa nova.


Amilton Godoy (p)
Luis Chaves (b)
Rubens A. Barsotti (ds)
Recorded:1966
Album:"Zimbo Trio/ Volume 3"



Não consegui puxar para o blog o vídeo do YouTube
com a divina Elizeth Cardoso e Zimbo Trio "Apelo".  >>> https://www.youtube.com/watch?v=_Q5MNKCDoI8&list=PLAC0438D58677A243

 

 

Piano: Amilton Godoy
Bateria: Rubens Barsotti
Contrabaixo: Itamar Collaço

Amilton Godoy


















The Zimbo Trio is a Brazilian instrumental ensemble, established in 1964 in São Paulo, and originally comprising Amilton Godoy (piano), Luís Chaves (bass) and Rubinho Barsotti (drums). The Trio was one of the most influential groups of Brazilian music in the second half of the 20th century.
History>>> http://en.wikipedia.org/wiki/Zimbo_Trio

sexta-feira, 29 de março de 2013

Poema outonal - Versos fotográficos

Fotos JRT - 290313
(Clique na foto para ampliação)


Eu acabara de sair do carro. Ficara sob a sombra de uma árvore na esquina da Rua Regente Feijó com a Frei Caneca (Jundiaí/SP). Embora conhecesse aquela esquina desde a infância, ainda não me sentia integrado ao ambiente. Mesmo assim, perguntei pela Poesia que ali estava disponível naquele exato momento. Queria senti-la. No mesmo instante uma folha de árvore caiu, passou resvalando minha cabeça. O vento a fez percorrer o espaço em diagonal até cair na calçada e a empurrou pelo trecho de um passo produzindo uma pequena sonoridade, uma fala poética. Coincidência? Enfim, bastava-me seguir os versos poema.


 
                                                   Voltei a câmera para cima e...
 
 
                                                           Um pouco mais abaixo...
 
 
 
                                                                        ....e mais abaixo.
 
 
Fui até a árvore da esquina e encontrei na calçada:
 
 
Voltei a câmara para cima...
 
 
Foquei as folhas amarelecendo...
 
 
...e encontrei verso em avermelhado foliar
  





O poema se fechou com o seu último verso: 
 
 
                                                         Jairo Ramos Toffanetto
 

Ave Maria (Heitor Villa-Lobos)




Heitor Villa Lobos compôs Ave Maria em 1948
 
 
                                                 Google Imagens 
 

Lua das vinte horas



A lua nasceu


por trás do prédio,
por trás das nuvens,
por trás dos olhos.

Eu não estava aqui.
Estava na lua das vinte horas.

Jairo Ramos Toffanetto

quarta-feira, 27 de março de 2013

PLECTRANTHUS BARBATUS

PLECTRANTHUS BARBATUS
(Boldo-da-terra)















Meu doce pé de boldo
espichou... espichou(-se).
Ganhou o céu

Jairo Ramos Toffanetto



terça-feira, 26 de março de 2013

Quando o sino tange "Ave Maria"

Ouça "Ave Maria" com Augusto Calheiros
e "Abismo de Rosas" com Dilermano Reis
 

Quando o sino tange "Ave Maria" (ensaio)
 
Haviam muitas músicas que meu pai, Sr. Orlando Toffanetto (1924-2007) ouvia em sua radio-vitrola na sala de estar. Discos para 78 rpm, feitos em carnaúba, frágeis como porcelana, valiosos como a vida, um tesouro - o que ficou deles está sob minha guarda numa caixinha de madeira feita por ele. “Ave Maria” com Augusto Calheiros era sempre ouvida em casa, mas eu, no alto de meus seis anos de idade, ainda não a entendia.

Era um fim de tarde encostando na noitinha. Eu o observava no ritual do fazer café. Num dado momento a rádio passou a tocar Ave Maria lá na sala. Ele ficou imobilizado sob o lume azulado que transpassava o vitrô da cozinha. Não sei por quanto tempo ele ficou naquele estado de profunda reverência contemplativa, algo novo para mim. Vira-o nas missas dominicais, nos ‘terços’ que ele ia a convite da vizinhança, e nada se comparava com aquele momento especial, mágico, único. Sua vida, que era a minha vida, passava síntese. Esta imagem, desde o seu falecimento, fica cada vez mais forte em mim.

Depois desta experiência comecei identificar tal sentimento na maioria das diferentes valsinhas brasileiras constantemente ouvidas, como “Abismo de Rosas” cujo bordão ele tirava ao violão. Mais tarde, ouvindo Villa-Lobos, redescobri este mesmo sentimento que o defino como de brasilidade.

Explicar este sentimento não é nada fácil, pois há que se casar beleza com tristeza, ou melhor: a exuberância da natureza vista com olhos crepusculares cheios de fé na vida. Há de casar emoção com razão, solidão com arquibancada de jogo de futebol, crueza da realidade algoz com entusiasmo artístico filosófico em ponto de equilíbrio. Casar o princípio com o fim, a desolação com a criação, o nada com o Todo, o cheio com o vazio. Um casamento chamado de “religare”, isto é, no altar da vida a desejada fusão com as estrelas, ou no tanto que se pôde do Cosmo integrar.

Creio que o famoso, alegre e vibrante choro “Tico-tico no Fubá” de Zequinha de Abreu foi composto depois de um sentimento destes que parte radioso de silencio, e que muitos tentam, desde a antiguidade clássica, defini-lo como melancolia. (Jairo Ramos Toffanetto)

Composição de Erotides de Campos
(Na foto, Alfredo Leite Cavalcanti e Augusto Calheiros)
 
Em comentários no YouTube, Samuel Machado Filho nos reporta que Erotides compôs esta valsa em 1924, quando residia em Pirassununga (SP), ocasião em que dava aulas na escola normal do município. A convite do prefeito Fernando Costa, futuro governador de São Paulo, ela dedicou a musica à Gilda, filha de Fernando Costa.
 
 
 
Abismo de Rosas foi composta em 1916 por Américo Jacomino, ainda adolescete. Darcio Fragoso teve razões para escrever que "Abismo de Rosas" é peça obrigatória dos maiores violonistas brasileiros desde Dilermando Reis a Baden Pawell. É considerada como "hino nacional do violão brasileiro" pelo professor Ronoel Simões, uma autoridade no assunto.
 

domingo, 24 de março de 2013

Homenagem Fotográfica ao Hospital do Rim e Hipertensão - SP

Fotos JRT - Dez/2012
CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAÇÃO

 

HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO:
CUIDANDO DO RIM COM O CORAÇÃO
(Líder mundial em transplantes renais)
















(Ao fundo, prédio vizinho ao Hospital do Rim)
 
Fotografem na noite em que a Regina e eu
chegamos ao Hospital do Rim - 15/10/2012:
 

Na madrugada adentro
 
 

Vila Clementino amanhecendo (Vista do quinto andar)

 
 

Tomada da rampa de acesso à Recepção
 
Jairo Ramos Toffanetto

Keukenhof / Holanda / Fotos / Flores / Música / Poema



Dos sinônimos para beleza
encontrei bondade...
generosidade...
encanto...
perfeição...
Estou dizendo das flores?
da Poesia?
do Homem?

            (Jairo R. Toffanetto)




 

Elis Regina e Tom Jobim - "Modinha" - "Céu e Mar" - "Corcovado" e "Águas de Março" -


O Brasil ficou orfão da Elis Regina em 1992 e
em 1994 de Tom Jobim

Programa realizado durante la grabación del emblemático disco Elis & Tom en 1974


 
 
Tom (1927-1994) - Elis (1945-1982)

B.B. King em "I'm Moving On", "Back in L.A", Mean and Evil.

A madrugada é blues!



 
 
 
 

sábado, 23 de março de 2013

Shirley King na Argentina


Chamei a Regina para ver a filha do B.B. King e ela se expressou assim:
- Ela é linda.



SHIRLEY KING
La hija del BLUES

SHIRLEY KING, la hija del legendario guitarrista de blues: BB King, regresó a Sudamérica este año junto a su saxofonista, Gerald Noel, a presentar un show totalmente renovado.
A pesar de ser su padre una de las figuras más destacada del blues, SHIRLEY KING es reconocida internacionalmente por merito propio. En el 2010 y en el 2011 ha realizado una gira por Sudamérica de la mano de GONDWANA PRODUCCIONES SRL. dejando a la audiencia totalmente maravillada no solo por su música sino porque sus shows están plagados de energía, SHIRLEY es una verdadera Show-woman que desafía a todos los géneros y su presencia en el escenario "levanta a los muertos".
En su shows por Argentina y Uruguay SHIRLEY KING estuvo acompañanda por renombrados músicos locales: ALAMBRE GONZALEZ, DANIEL RAFFO, NICO RAFFETTA, MAURO CERIELLO, PATO RAFFO y por su saxofonista Gerald Noel.
Abrió el show de LA TRASTIENDA BS. AS., LA BUENOS AYRES BLUES BANDA.
Abrió el show de LA TRASTIENDA MONTEVIDEO., VIRGINA MARTINEZ.
En su gira por Brasil a Shirley la acompañó IVAN MARCIO BLUES BAND.



S.P. - Capital da Buzinação Nervética. Selvageria Sonora


Av. Tiradentes (Serra da Cantareira ao fundo)

Nos últimos vinte e um dias estive transitando em São Paulo pela Marginal do Rio Pinheiros, avenidas Juscelino Kubitschek, 23 de Maio e Tiradentes. Ninguém agüenta a buzinação dos moto-boys obrigando os carros deixar espaço livre para eles. Quando algum túnel está com trânsito entupido, parado e sem risco para a passagem deles (p.ex.: veículo trocando de faixa), eles vem de longe advertindo sonoramente o carro avistado em posição fora do gosto deles, e todos pagam por isto. Buzinam buzinam buzinam...

Ontem, devido a circunstâncias de força maior, ao abrir caminho pra uma ambulância, meu carro deixou o corredor estreito para eles, obrigando-os a uma manobra cuidadosa para seguirem em frente sem esbarrarem no meu carro e no outro ao lado. O absurdo foi que quase todos buzinaram castigando-me junto à minha janela, bem nos nervos - uma violência. Poxa, tudo mundo parado e eles passando à velocidade que bem entendem, e Ai daqueles que os estorvam! É aquela velha história "Se tá bom pra mim, o outro que se dane!". Enfim, uma desumanidade.

A irritação é grande. Aposto que muita gente como eu gostaria de pegá-los de cinta mas... em pensar que morrem de cinco a sete motoqueiros por dia... Mês passado conversei bastante com um deles. Ele me contou que o tempo todo é rastreado, cobrado para nova entrega o esperando, desconsideradamente pressionado para diminuír o tempo de percurso, sofrendo ameaças de perder o emprego, e assim por diante. Mas isto é só uma parte da tensão que sofrem, como as novas leis que limitam sua autonomia no uso da motocicleta, salário, a falta de perspectiva de vida e assim por diante. Pra mim, nada justifica sua buzinação nervética.

Respeito é bom e faz toda diferença. É o que nos caracteriza como seres humanos, que nos coloca no patamar de estado civilizado, e que nos diferencia do desumano. Como ficar complacente com a sevalgeria? Quem tem espaço e não o respeita, não merecem o espaço que tem. Vão lavar prato na copa do mundo.

Jairo Ramos Toffanetto

ProzaKc Blues King Crimson - Live in Japan


Fundamentou-se que o jazz é o som do século XX. Eu acredito nisto em se tratando de elegância musical mas, para mim, King Crimson e Frank Zappa são as bandas que fazem a mais criativa tradução sonora da contemporaneidade. Infelizmente, Zappa não pôde alcançar o século XXI, mas Robert Fripp sim (no vídeo ele aparece sentado com a guitarra e, como sempre, sem luzes, ao fundo).

ProzaKc Blues é do CD de 2000 "Construction of Light"
 
King Crimson (1981) com Robert Fripp e Andrew Bellew (guitarras), Bill Bruford (bateria) e Tony Levin (baixo):
 
 

S.P. no Cair da Noite (2.a Parte) - Exposição de Imagens (8)

Fotos JRT - 20/03/2013
Av. 23 de Maio + Av. Tiradentes
CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAÇÃO
Veja também a 1.a PARTE:
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2013/03/sao-paulo-no-cair-da-noite-esposicao-de.html






 
 
 
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
Jairo Ramos Toffanetto

quinta-feira, 21 de março de 2013

Uru'pê - Orelha-de-pau


Fotos JRT em 18.03.2013
(Clique na imagem para ampliação)

Esta é a maior orelha-de-pau que já vi.















Ela está na Rua Leandro Dupret (Vila Clementino-SP)

















A orelha-de-pau (Polyporus sanguineus ou Pycnoporus sanguineus), também chamada urupê e pironga, é um fungo da família das poliporáceas. Costuma crescer sobre troncos de árvores em estado de decomposição. Não é comestível. Ocorre nos trópicos



"Orelha-de-pau" é uma referência ao seu formato, que se asemelha a uma orelha que nasce sobre paus podres. "Urupê" é oriundo do tupi uru'pê.



Jairo Ramos Toffanetto



Fonte do texto: Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Orelha-de-pau