domingo, 3 de março de 2013

"Exposição de Imagens 1 - Experiência (A Catedral E Seu Entorno)

(Clique nas imagens para ampliação)
Fotografagem em 21.02.2013
 
Ao subir a Rua Bernardino de Campos, fui tomado por esta imagem da Catedral Nossa Senhora do Deterro
 
 
Vendo o velho "fuscão" digitalizada no visor da máquina, senti que uma aventura fotográfica estava começando. Fui pra perto dele. Enquanto o fotografa de diferentes modos, um incidente ocorreu: reflexo de faróis na lateral na lateral do WV vindos de carros virando a esquina da Rua Bernardino. Apontei a máquina e esperei outros carros passarem.
  
 
19:30 h. As luzes ao fundo da imagem digitalizada me atraiu por parecer algo informe e a ser verificado, experimentado. O centro da cidade, por mim palmilhado por mais de cinquenta anos, era-me agora, a cada passo, visto mentalmente pelo novo olhar do enquadramento do visor da máquina, e mais, sujeito a toda ordem de incidentes.
 
Levantar a máquina para o disparo fotográfico vem de um sentimento de que a imagem se dispõe a você, oferecendo-se. Fotografar é. pois, uma forma de retribuição ao presente dado. Deixar de fazê-lo pode se tornar uma deselegância, pior, uma transgressão, uma infedelidade ao princípio.
 
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2013/03/oh-terra-querida.html
A Lua me chamava de volta para ela. Tão bela... tão romântica...


Lua, a Dama da Noite.
- Como és bela, Lua
 
  
 
- As luzes da cidade não se opõe à noite escura, encanta-a. Asseverava-me a lua.
 
 Noite de verão.



Tudo parado...
parado
 
Porta de entrada do salão paroquial.  
 
 O coreto foi modificado. Ficou insólito, retilíneo, destemperado, sem arte. Uma grande perda. Uma solução de padre junto a algum pedreiro meia-colher. Afinal, quem projetou esta coisa hedionda? Um serviçal bandido demolidor, com certeza. A árvore à frente do coreto o escondeu garantindo o efeito de luzes e sombras. Embora eu tenha fotografado "a coisa ruim", recuso apresentar o descalabro nesta minha primeira exposição. Foto reportagem é outra coisa, é do trabalho de uma imprensa sensível às coisas que nos são caras e que ajudam, através da discussão, a formação de uma opinião pública mais atenta à imperdoável ruína do belo e da nossa história - inclui-se aqui a história arquitetônica.
 
O projeto do centro da cidade de Jundiaí, a disposição das igrejas, cadeia municipal, governo, cemitério e assim por diante, é semelhante ao de muitas cidades brasileiras do século XVIII e XIX. Jundiaí foi fundada em 1615. Não dá pra cuidar destes centros históricos do país andando de trator seguido de betoneiras e martelos pneumáticos.
 
 
Catedral vista do calçadão da Rua Barão de Jundiaí. A foto que se segue é um recorte do centro da imagem acima.
 
Observe a imagem que o plástico forma no braço desta senhora.
 
Finalizo esta exposição de imagens com
" ...um carro
muito velho
 que por lá apareceu..."
 
Jairo Ramos Toffanetto
Fotos/JRT - 21.03.2012
Notas:
1. A Catedral Nossa Senhora do Desterro foi reformada em 1886 sob orientação de Ramos de Azevedo, eclético arquiteto brasileiro, mudando o estilo barroco português pelo neogótico, que se mantém ate hoje. http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Paula_Ramos_de_Azevedo
2.Jundiaí apresentou, em 2008, mais de 15 bilhões de reais em produto interno bruto, colocando o município na 23° posição em todo o país, à frente de quatorze capitais brasileiras. Em todo o estado de São Paulo, a locomotiva do país, foi o nono melhor resultado. Em 2000, seu índice de desenvolvimento humano (?) atingiu 0,857, levando a cidade à 14° melhor posição do Brasil e quarta melhor(?) do estado, mas enquanto houver crianças e velhinhos passando toda ordem de necessidades, tais dados são bons para tôlos ufanistas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Jundia%C3%AD.
 

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