quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Emiliano Castro - Preto Véio e Xeco-Xeco

Show de lançamento do disco Kanimambo no Teatro do Sesc Pompéia (São Paulo) no dia 18 de fevereiro de 2011.

Kanimambo" quer dizer "obrigado" e todo show sempre será um agradecimento aos mestres de vida e música. O disco teve a produção musical de Paulo Bellinati.

Emiliano assina pelas composições, arranjos e direção musical. O resto foi só chamar esses mestres: João Poleto - sax soprano, Marcos Paiva - contrabaixo acústico, Douglas Alonso - percuteria, Emiliano Castro -. violão de 7 cordas

Renato Consorte - guitarra, João Poleto - sax tenor, Marcos Paiva - contrabaixo acústico, Douglas Alonso - percuteria, Emiliano Castro - violão de 7 cordas.

CD:

Critica:
http://ritamenezes.sites.uol.com.br/releases/emiliano_castro.html

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Buddy Rich - Moments Notice (audio) e Wind Machine (vídeo de 1968)

 

Composição de John Coltrane

Bernard "Buddy" Rich (1917-1987). 
Baterista e bandleader americano. Foi anunciado como "o maior baterista do mundo" e era conhecido por sua técnica virtuosa, poder e velocidade. Trabalhou e gravou com inúmeros jazzmen estilistas, de Art Tatum a Tehlonius Monk, de Coleman Hawkins a Charlie Parker, de Gene Kruppa a Max Roach.

https://www.youtube.com/watch?v=mbkKL9tG2fI



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Михаил Барышников (Mikhail Baryshnikov) vи Елена Евтеева


Para os que sempre viram Baryshnikov como um virtuose do balé a transcender a máxima expressão possível, neste vídeo, ele e  Elena Evteeva se apresentam com a leveza impetuosa da paixão. A paixão como tema e o amor à dança como razão de expressão artística. Tão simples e perfeito que nos reforça o sentimento de que o ser humano é belo enquanto natureza. Aqui, a arte opera a reintegração do nosso distanciamento da natureza e nos diz o que somos.


Como cheguei ao Baryshinikov

Pouco antes desta postagem, a televisão mostrava uma matéria sobre a violência contra a mulher. Bem, se eu fosse o produtor daquele programa de televisão, encontraria um jeito de fazer uma contraposição à reportagem mostrando o lado belo entre o homem e a mulher, talvez com uma história ou um poema, sei lá o quê. Como eu não podia esperar um pingo de inteligência na TV, desliguei-a e fui abrir o meu Poemas de Sol para ver as estatísticas de acesso.

Enchi-me de orgulho ao verificar a Rússia no topo dos acessos entre países estrangeiros. São duzentos e vinte e quatro acessos nos últimos trinta dias. Foi assim que, lembrando-me do que se passara na TV a instantes atrás, veio-me à mente a imagem de Mikhail dançando com uma "bella donna". Rapidamente me deparei com este criativo vídeo no YouTube, e que, redmindo o breu da relação homem x mulher, ensejou-me esta postagem e também contar este fato, afinal, é no que acredito e, felizmente, sei que não estou sozinho nisto.
                                 
Jairo Ramos Toffanetto 

domingo, 27 de novembro de 2011

Chiquinha Gonzaga - Lua branca

Performed by Marcus Viana and Maria Teresa Madeira.




Chiquinha Gonzaga (Rio de Janeiro, 1847- 1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira. A primeira chorona, a primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca (Ô Abre Alas, 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.
 

Criar estado de passagem de Luz é preciso.

Poesia é eterna manhã de luz.
Criar estado de passagem de Luz é preciso. 
O estado está na conduta filosófica,
razão de Ser e Estar.





Reformulação da postagem de 27 de fevereiro de 2011 - "Poesia é Luz, o belo decorre":




http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/02/poesia-e-luz-o-belo-decorre.html 

Jairo Ramos Toffanetto

sábado, 26 de novembro de 2011

Elis Regina - Querelas do Brasil


Querelas do Brasil
Composição: Maurício Tapajós, Aldir Blanc

O Brazil não conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brazil
Tapir, jabuti, liana, alamandra, alialaúde
Piau, ururau, aqui, ataúde
Piá, carioca, porecramecrã
Jobim akarore Jobim-açu
Oh, oh, oh

Pererê, câmara, tororó, olererê
Piriri, ratatá, karatê, olará

O Brazil não merece o Brasil
O Brazil ta matando o Brasil
Jereba, saci, caandrades
Cunhãs, ariranha, aranha
Sertões, Guimarães, bachianas, águas
E Marionaíma, ariraribóia,
Na aura das mãos do Jobim-açu
Oh, oh, oh

Jererê, sarará, cururu, olerê
Blablablá, bafafá, sururu, olará

Do Brasil, SoS ao Brasil
Do Brasil, SoS ao Brasil
Do Brasil, SoS ao Brasil
Tinhorão, urutu, sucuri
O Jobim, sabiá, bem-te-vi
Cabuçu, Cordovil, Caxambi, olerê
Madureira, Olaria e Bangu, Olará
Cascadura, Água Santa, Acari, Olerê
Ipanema e Nova Iguaçu, Olará
Do Brasil, SoS ao Brasil
Do Brasil, SoS ao

Focus - La cathédrale de Strasbourg

Para ouvir e se deixar encantar.

Saiba mais sobre a catedral e a cidade de Estrasburgo:




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Chris Squire (Hold Out Your Hand - You By My Side)

O baixista do Yes em dois tempos de sua carreira solo:


Patrick Moraz (teclados) e Bill Bruffot (bateria)


Poemas dos meus vinte anos (4) (Terra do Desterro - Um leão vilarense - O Rio Jundiaí - O Rio Guapeva - Serra do Japi)


 
Serra do Japi
 
um jardim desfolhado
um gosto de queimado
um cheiro de assado
na toca do tatu
- - -

Terra do Desterro

Oh jundiá-tinga
Oh jundiá-uvú
Oh yu-ndi-ay

o tempo girava com a roda da carroça
galopava com o burrinho, mas
perdeu-se para além do horizonte
encalhou a meio caminho do céu
- - -

Bebedouro - Um leão vilarense

Cadê meu velho amigo Sinaleiro?
Porque a fábrica S.Bento não está apitando?
Meus próprios cacos, aonde estão?
Cadê o Alazão, o Pintado, o Beberrão?
- Seu José, ô seu José...
que saudades do Pangaré
- - -

O Rio Jundiaí

Adeus guarú
Adeus lambari
Adeus meus jundiás
Sujaram minh'água

Minh'agua é calma // não clara
Sou puro // não límpido
Sou um rio // não esgôto

Sou só
um rio que passa
um rio sem ri

  Ô
- - -

O Rio Guapeva

escorro entre canteiros gramados
sequer uma flor, um só pé de couve
uma semente em covinha de terra

Meu leito é de concreto
de concreto de tumba
- - -

                    Jairo Ramos Toffanetto

Poemas dos meus vinte anos (1):
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/11/do-cisne-de-do-lago.html
Poemas dos meus vinte anos (2):
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/11/poemas-dos-meus-vinte-anos-2_18.htmlPoemas dos meus vinte anos (3):
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/11/poemas-dos-meus-vinte-anos-3.html

King Curtis (Jeep's Blues - Spooky - Home Cookin)

Composição de K.E.Ellington-J.Hodges
King Curtis (ts) Nat Adderley (cor) Wynton Kelly (p) Sam Jones (b)


King Curtis com saxofone, Curtis Knight ao centro, Jimi Hendrix à direita.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Serra do Japi e Maís




Não me importo de andar pelas ruas da cidade esticando o pescoço para a poesia. Como é difícil se despedir das curvas (ruas) de Maysbel.

Oh Maís, Maís...
Daquilo que se derrubou, ou do horizonte que edificações entrincheirou, inesperadas fontes de prazer brotam aos olhos e aos sentidos. O mais antigo é sempre novo.

As fotografias da minha cidade também me surpreendem. Na foto acima, a Serra do Japi parece elevar-se como uma vaga dos antigos mares rasos que ela foi um dia. Daí a sua formação rochosa em quartzo e fina camada de terra que a cobre com mata nativa.

Quer dizer, mesmo que parem os incêndios provocados por especulação imobiliária, a serra, por si só, ficará como o Morro do Murça, totalmente pelada. As ações de hoje apenas abreviam o tempo de vida dos cem quilômetros quadrados de floresta.

Enfim, moro a quase cinco quilômetos desta antiga beira de praia. Hoje, em que valha o Tombamento Ecológico Paisagístico desta floresta de mata atlântica e também tropical, ela continua pertencendo aos macacos e tatus, ao lobo-guará, aos saís-açús, e a todos os bosquímanos, além, é claro, dos vitais insetos polinizadores, mas se sujeita aos insetos povoadores é porque Jundiaí ainda não a descobriu como o mais belo bosque que toda cidade gostaria de ter, ou pelo mesnos aquelas que já alcançaram o patamar de civilização.

Parece-me que a Serra do Japi só pertence aos idealistas. Aziz Ab'Saber que o diga..

Oh Maís, Maís...
Jairo Ramos Toffanetto

Stan Kenton (Artistry in Rhythm - Jeepers Creepers - Tampico)



                                                        Stan Kenton



                                                                        Chris Connor

                                                                                 June Christy
 

Stan Kenton and his Orchestra recorded em Londres, 6.02.1972. Artistry in Rhythm é uma notável composição de Kenton (1943)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Carpe Diem

 "Só é útil o conhecimento que nos torna melhores."
Sócrates



Em plena Era do Conhecimento, ainda vivemos no mundo da imagem. Uma anorexia mental de fazer dó. Muita pose pra nenhum conteúdo. Uma ânsia de viver o momento como nunca. É o tal do Carpe Diem dos dias de hoje e sua eterna justificativa para o prazer imediato. Pura acefalia da mente coletiva e que vem desde os tempos mais remotos. Aliás, a última novidade sempre vem da mais antiga das coisas.

Aí você vê as fotos nas redes sociais sem nenhuma mensagem a contribuir na construção interna do índivíduo e do meio em que se vive. Isto se chama pobreza de espírito. Mas se é isto o que a maioria quer, que seja, oras bolas. Aliás. alguém sabe me dizer do próximo mega-mega show? A balada que mais tá pegando? O barzinho da onda? O pagode ou o tecno-brega do momento? O que tá dando Ibope? O que rola de fazer inveja? Bem... eu quero saber primeiro das mensagens, depois, e só depois, as imagens, afinal, de tudo se tira uma lição.

Os bons ares, luzes e cores da praia mais linda do mundo assopram tão dentro quanto fora. O que o coração registra se vê na íris. Tesouro fabuloso à beira de mares profundos. A fotografia destes tesouros insondáveis não é o tesouro, é só fotografia. Oh as imagens... Qual a necessidade? Tem arte? Convém mostrar? Resolve alguma coisa? Ajuda as redes sociais a se entenderem melhor? Pode melhorar o planeta?

Muita gente linda foi pegar a crista da onda e se desperdiçou, perdeu-se na vaga. Bem, não eram tão lindas assim. Só imagem, tantos posers...

Enfim, Horácio escreveu o poema Carpe Diem, e Harry Benjamin (um médico alemão que viveu grande parte de sua vida nos EUA) disse "Não acrescente dias à sua vida, mas vida aos seus dias." Ok, vou me consultar com o Dr. Ramos para ele me dar a receita.

Jairo Ramos Toffanetto

Ella Fitzgerald & Louis Armstrong - A Fine Romance


A letra diz algo assim "
"...Devemos ser como um par de tomates quentes
Mas você está tão frio quanto o purê de ontem..."

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sempre será mais se o ego for menos... se for nenhum.

Ego ou zumbi ?






"Nós não sabemos quem descobriu a água,
mas estamos certos de que não foi o peixe."
(Culkin)



O milionésimo de fração que podemos sentir da Criação é um passo para dentro dela ao Criador. Quem sabe, um dia, possamos caminhar com nEle, no  tanto que dEle pudermos integrar.

Sempre será mais se o ego for menos... se for nenhum. A individualidade é o passaporte com visto de entrada para nosso planeta. É preciso do visto e do sentir. 

Sem isto, nada ou muito pouco evoluímos. Pode alguém aportar como zumbi por escolha?

Jairo Ramos Toffanetto

Ahmad Jamal (What's New - Moonlight in Vermont - Ahmad's Blues)


Ahmad é um mestre em usar o som do silêncio, - o saber de quando menos é mais. Jamal era um dos pianistas favoritos de Miles Davis e influenciou bastante o seu trabalho. No vídeo, parece-me que é Cout Basie de chapéu e cigarro na boca. Se alguém identificar outros grandes do jazz em torno de Ahmad neste vídeo, favor me deixar um comentário. 
  



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Metafísica da rosa



É preciso aprender com os gestos poéticos

O mais fácil é fechar as cortinas à pobreza da condição comportamental humana. Farão isto os vocacionados a eremita. Quem sabe lá no ermo do seu quarto escuro acessem um pouco de luz de modo a voltar para este mundo velho irradiando a luz da conduta filosófica exemplar. Um gesto poético destes vale mais do que palavras de bom juízo para o meio em que se está. Gesto poético? Quem pode deixar uma flor para o horror?

Muitos acreditam ter esta flor incólume no coração. Coração? Não a retiram por medo dos espinhos. Tanto melhor é sentir a dor, pois, afinal, pelo menos há a haste da rosa, e na haste, quem sabe um dia, se cuidando bem do coração (o sentir) os botões velados possam florescer. Estes botões florescerão sempre quando houver mais alguém  precisando dele. Se você ganhar um botão destes, guarde-o no coração.

Jairo Ramos Toffanetto

Jethro Tull- Serenade To A Cuckoo

Um tema musical para qualquer horário do dia ou da noite.

Nota: O guitarrista é Mick Abrahams. Ele participou apenas do primeiro (This Was) e do segundo (Stand Up) disco da banda para, depois, seguir em carreira solo.

Ian Anderson

domingo, 20 de novembro de 2011

Poemas dos meus dezoito anos (JRToffanetto)






Por eu não os ter datados,
"Poemas dos meus vinte anos" compreende período dos 17 aos 27 anos de idade.




Rente à pele

viver neste instante
momento de repentino vivido
sentindo o gosto do sempre
do eternamente existido

do amanhecer em intimidade solar
do anoitecer em confraria estelar

. . .

oh, atmosfera

sopro em sinfonia
da brisa em brando fustigo...
atmosférica se precipita

envolvendo o planeta
as cabeças em escudo protetor
dos meteoros em ti apedrejantes
do mortais infra-vermelhos
filtrados penetrantes,

dos azuis em ti profundos
constratando próximas nuvens resplandecentes
soltas, divisórias ao mundo
o planeta abstratando
infinito adjacente

espectrando luz do fenômeno luminoso
em arco-íris celeste pacífico
no sistema solar em espaço fulguroso
suave realidade de sublimes oníricos

oh, a atmosfera rente a pele
existência em mim
 
Jairo Ramos Toffanetto

Obs.: Rente a Pele e Oh Atmosfera, são dois poemas dos meus dezoito anos de idade que, agora, juntei-os em um. A existência enquanto milagrea a ser desvendado, religado, era o que mais me perpassava e o que mais cantava em mim. E assim eu cantei, e cantei para além dos meus vinte anos.

Um conto da sabedoria

Um conto da sabedoria

Conta-se que no século passado um turista estrangeiro foi à cidade do Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio e que ficou surpreso ao vê-lo morando num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.

Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
E onde estão os seus...?
Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
Mas estou aqui só de passagem!
Eu também... - concluiu o sábio.

Chet Baker - "Isn't It Romantic" e "Milestone"


Jacques Pelzer : Saxophone, Rene Urtreger : Piano, Luigi Trussardi : Double Bass, Franco Manzecchi : Drums (Recorded in Belgium, 1964)


Chet Baker (tp) Jean Claude Lubin (pf) Alby Cullaz (b) Klaus Hagl (ds) 
Recorded at TV Show, Poss, Paris, France, March 1963



Especialistas dividem a vasta obra do músico em duas fases: a cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico e a segunda parte, a partir de 1957, quando a sensibilidade na interpretação torna-se ainda mais evidente.

sábado, 19 de novembro de 2011

As postagens mais acessadas (mês)

Tenho razões para me sentir gratificado, pois a estatísca de acessos ao meu "Poemas de Sol" revela que das postagens de mais entradas nos últimos trinta dias foram motivadas pelo meu fazer poético literário, a saber: "Pata de Vaca" e "Haicais de arco-íris, cães e lua cheia" (Vejam abaixo um recorte desta estatística e os links para as referidas postagens).

Agradeço a todas as pessoas que me acompanharam neste ano e meio de vida do meu blog.

Clique com o mause para ver o período de 20.10 a 18.11.2011 por inteiro:. Ob.: foram 45 postagens em novembro (até o dia de hoje), e 36 no período de 20.10 a 31.10, num total de 81.

Charles Mingus - Peggy's Blue Skylight


Composição de Charles Mingus
Charles Mingus - bass,  Joe Gardner - trumpet, Hamiet Bluiett - saxophone, John Foster - piano, Roy Brooks - drums

Woody Herman & His Swingin' Herd - "Blowin Up A Storm" - "My Favorite Things" - "Cousins"



Ecos desta madrugada adentro.



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Quincy Jones - Soul Bossa Nova



Grand Funk Railroad - Mr Limousine Driver


Compacto importado


Poemas dos meus vinte anos (2)

Aos 19, dando baixa
do Serviço Militar



"Poemas dos meus vinte anos"

(período dos dezessete
aos vinte e sete anos de idade0

 
 
 
Pássaros no ninho
e o megulho do gavião
...

Dia estelar /// o céu risonho
enjoado de doce /// lambuzado de sonho
intoxicado de puro-purê

Jairo Ramos Toffanetto

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Transformar em pluma o peso que for









Quem está de bem consigo mesmo se importa com o outro,
dá-lhe a mão, vai junto, não gasta filosofia, é exemplar na conduta, transmite confiança, presta ajuda verdadeira. Sente o que o amigo sente para o ajudar transformar em pluma o peso que for. Enfim, um bom exemplo de egoísta  ou desalmado é sem-vergonha.

Jairo Ramos Toffanetto

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Stray Cats - Stray Cat Strut


(1) Poesia marginal anos 70

O surto de biotônica vitalidade



A poesia rola de mão em mão. Poetas tomam de assalto as portas dos cinemas, bares, teatros, vão às praias e praças públicas. Montam-se shows e espetáculos, grandes happenings para a leitura de poemas. A poesia procura o espaço aberto das ruas e vai à luta. Gente e idéias novas em movimento literário-social não unificado, sobretudo comportamental, e a pipocar expontaneamente de norte a sul do país. Um poetizar bem humorado, ardiloso, alegre e instantâneo. Éra-se contra o sufoco da repressão do autoritarismo e dos valores morais e culturais hegemônicos.


PEGA LADRÃO!

Alguém tirou
um pedaço
do meu
    ~
P     O.
       Kátia Bento (RJ)


Lua Cheia

Assim que as luzes
se apagaram
acendeu-se
a chama
       IaraVieira (SE) 

     







  Régis
Bonvicino
(SP)


Agenda

Noite profunda. Sono profundo.
Esperança rasa.
       Cacaso (RJ)

en la lucha de clases
todas las armas son buenas
piedras
noches
poemas
      Paulo Leminski (PR)

Tesão

Há qualquer coisa
acontecendo
por debaixo do pano
       Franklin Jorge (RN)


todos os vícios e um mau poema
todos os vácuos e um bom poema
todos os silêncios e um problema


todas as reticências não valem um ponto final
       Marcus Vinícius de Faria (MG)


Extensão II

Pus a vida
em minhas mãos
e as mãos
no fogo...

- A vida ferveu.
       Alcides Bussi (SC)



       Paulo Leminski (PR)

quem teve a mão decepada
levante o dedo

             Nicolas Behr (DF). . .

 De Leve

Feminista sábado domingo segunda terça quarta quinta e na sexta
                                   lobiswoman
          Ledusha (RJ)


Consulta:
Abril Educação
POESIA JOVEM ANOS 70
(Literatura comentada)

 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Marina Lima - Me Chama (Lobão) - Virgem (Marina)




Todo poeta é cozinheiro

A linha de uma folha de papel é margem de rio a fluir idéias símbolos. É preciso saber da lua para entrar neste rio e pescar.
Um poema se forma com peixes pulando para dentro do barquinho, o bastante para uma boa e merecida pratada aos comensais que constroem barcos, lápis, papel...

Todo poeta é cozinheiro, mas houve um tempo em que se autodenominavam poetas os que se sentavam numa touceira de barba de bode e de lá lançavam anzol acreditando pescar peixes fosforescentes. Muitos até o conseguiam. Colocavam-nos à exposição. Difícil era agüentar o cheiro.

Poeta é o cozinheiro que sabe, só pelo cheiro, a medida do pimentão para que o sabor deste não se sobreponha ao do peixe. À mesa, sabe acompanhá-lo não somente com vinho doce.

Quem não gosta de peixe por causa dos espinhos, procura por um PF (prato feito) ou por um bandejão. Fome é fome, não se discute.

Jairo Ramos Toffanetto

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

WALTER FRANCO - FADO DO DESTINO


Walter Franco, cantor e compositor
vanguardista paulistano.

Louis Armstrong - What a Wonderful World

Uma das mais belas canções de fé, de amor, de vida, de suavidade... Uma delicadeza, uma oração, um cantar na eternidade, um néctar dos auspícios, um bálsamo para o espírito do nosso tempo. Enfim, uma canção que faz bem para o coração, que inunda nossa alma de genenosidade e nos faz roçar na Grandiosidade.

Sou grato à Dejanira Machado por compartilhar "What a Wonderful Word" no Facebook.

 

What a Wonderful World
Louis Armstrong

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies so blue and clouds of white
The bright blessed days, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world

Yes, I think to myself, what a wonderful world

Constelação de Virgem Maria



Quando no olho da pessoa brilha uma estrela, pergunto-me pela constelação de onde ela veio.

Se estivéssemos em certo planeta da Constelação de Auriga, localizaríamos o sol em uma figura da esfera celeste: a Constelação de Madona.

- Vejam o sol, é lá que estamos, na cabecinha do bebê. Vejam quan...ta luz...

Mas não precisam apontá-lo. Todos por lá o conhecem.

JRToffanetto

domingo, 13 de novembro de 2011

Beethoven - Sonata ao luar (Valentina Lisitsa)

Para ouvir e sonhar.

Valentina Lisitsa, interpreta Rachmaninoff



Enquanto for preciso


       Em tempos remotos surgiram poetas do sentir. Proseando com as estrelas, seus versos até hoje podem ser lidos nos raios de sol, nas pétalas das flores, nos seixos dos rios, nas conchas das praias, nas nuvens do céu. Quando aquele reino ascendeu as estrelas, debandaram-se os demais poetas com suas mãos cheias de versos. Vaidosos e sequiosos de poder, fundaram nações e religiões. Cortaram palavras da língua e, depois, a língua. Enfim, quando esta se tornou um trapo na boca, os povos temiam pela sorte do filho que falava língua estranha, mas aquele mundo precisava de santos, guerreiros, poetas e teimosos. Poesia? Só para homens de princípios eternos, eis a filosofia.

Jairo Ramos Toffanetto

sábado, 12 de novembro de 2011

Nascesse eu sem coração - Poema e _fotoJRToffanetto 2011

FotoJRToffanetto

Kalanshoe da Regina


Nascesse eu sem coração,
indiferente poderia
Ver os céus sem querer voar pra infinitude
Passaria ileso às lições que a vida ensina,
nem daria atenção a elas.
Sem nunca me reformular para aumentar de tamanho,
teria uma visão egoísta, achatando a realidade comum
Sem me tornar melhor, jamais iria ao encontro de outros,
nem sentiria a dimensão das almas.
Em tempo algum eu não saberia o que é amar e amar 
Leria poemas universais como a um folhetim
Pois eu não sorriria, nem choraria,
e por ainda não tendo me conhecido,
Tornar-me-ia um despropositado politiqueiro.
Ausente de mim, de dúbia existência
Eu não viveria
Eu não viveria
                  Jairo Ramos Toffanetto

Mussorgsky (Модeст Петрович Мусоргский ) - Pictures at an Exhibition




Modest Petrovich Mussorgsky http://en.wikipedia.org/wiki/Modest_Mussorgsky
compôs Pictures at an Exhibition (1874) com base em dez desenhos e aquarelas produzidas por seu amigo recentemente falecido, o arquiteto e artista Victor Hartmann.
 
  Orquestra Philharmonia
  Esa-Pekka Salonen
  http://pt.wikipedia.org/wiki/Esa-Pekka_Salonen