Em tempos remotos surgiram poetas do sentir. Proseando com as estrelas, seus versos até hoje podem ser lidos nos raios de sol, nas pétalas das flores, nos seixos dos rios, nas conchas das praias, nas nuvens do céu. Quando aquele reino ascendeu as estrelas, debandaram-se os demais poetas com suas mãos cheias de versos. Vaidosos e sequiosos de poder, fundaram nações e religiões. Cortaram palavras da língua e, depois, a língua. Enfim, quando esta se tornou um trapo na boca, os povos temiam pela sorte do filho que falava língua estranha, mas aquele mundo precisava de santos, guerreiros, poetas e teimosos. Poesia? Só para homens de princípios eternos, eis a filosofia.Jairo Ramos Toffanetto
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