sábado, 30 de abril de 2016
Vânia Bastos _O Trem Azul (Lô Borges)
O Trem Azul
(Lô Borges)
Coisas que a gente se esquece de dizer
Frases que o vento vem as vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cansam de voar
Você pega o trem azul, o Sol na cabeça
O Sol pega o trem azul, você na cabeça
Um sol na cabeça
Coisas que a gente se esquece de dizer
Coisas que o vento vem as vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cansam de voar
Você pega o trem azul, o Sol na cabeça
O Sol pega o trem azul, você na cabeça
Um sol na cabeça
sexta-feira, 29 de abril de 2016
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Equilíbrio (pássaros azuis e borboletas amarelas)
Equilíbrio
(pássaros azuis e borboletas amarelas)
Glacial
ferro de passar roupa.
Vapor
sobre tecido rente ao magma.
Se folhas outonais pedra fria ampara,
sem necrose beija lábio pétala caída.
JRToffanetto
segunda-feira, 25 de abril de 2016
sábado, 23 de abril de 2016
Cá da Terra #1 (O estado vazio) - foto e texto de JRToffanetto
Cá da Terra #1
(O estado vazio)
a caber o Belo,
infinitamente.
infinitamente.
O estado vazio, pureza
a caber o sabor do saber.
a caber o sabor do saber.
Sabor não tem peso,
ascende os céus, seus
néctares
JRToffanetto
ascende os céus, seus
néctares
JRToffanetto
sexta-feira, 22 de abril de 2016
John Cage: Six Melodies
John Cage: Six Melodies (1950)
Annele Gahl: Violín
Klaus Lang: Piano Eléctrico (Fender Rhodes)
Haicai #517 _Fio da Trama
Haicai #517
Fio da Trama
Vendo a aranha... eu,
em busca da não palavra
perdi o fio da trama
JRToffanetto
quinta-feira, 21 de abril de 2016
CéU - Nanã (Moacir Santos e Mário Telles)
Céu interpretando Nanã de Moacir Santos e Mário Telles.
Programa Bem Brasil, exibido pela TV Cultura em 22/09/2007.
Gravado no Sesc Pompéia.
Programa Bem Brasil, exibido pela TV Cultura em 22/09/2007.
Gravado no Sesc Pompéia.
JRToffanetto _AS TRÊS MARIAS em quatro haicais
165.
No cinturão de Órion
versos cingem o guerreiro,
Três Marias Rosa
166.
Das Três Marias,
Maria Alva, Rosa de
Órion,
é a mais mocinha
167.
A Lua, bem casada
com os poetas, tem madrinha:
Estrela Dalva Maria
168.
O Sol é fogo,
afastou-se da Maria Malva
pra beijar a Terra.
Hilda Hilst _Penso linhos e ungüentos
(Lírica poética paulistana da segunda metade do séc.XX)
Penso linhos e unguentos
Hilda Hilst
Penso linhos e unguentos
para o coração machucado de Tempo.
Penso bilhas e pátios
Pela comoção de contemplá-los.
(E de te ver ali
À luz da geometria de teus atos)
Penso-te
Pensando-me em agonia. E não estou.
Estou apenas densa
Recolhendo aroma, passo
O refulgente de ti que me restou.
para o coração machucado de Tempo.
Penso bilhas e pátios
Pela comoção de contemplá-los.
(E de te ver ali
À luz da geometria de teus atos)
Penso-te
Pensando-me em agonia. E não estou.
Estou apenas densa
Recolhendo aroma, passo
O refulgente de ti que me restou.
Hilda Hilst (1930-2004). Poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira. Considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Paulo Lemininsk _ poemas para amar*
você está tão longe
um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
dia sem senso
acendo o cigarro
no incenso
* título que encontrei para os poemas de Paulo Lemninski desta postagem
terça-feira, 19 de abril de 2016
Guilherme de Almeida _Romance (Haicai)
"E cruzam-se as linhas
no fino tear do destino.
Tuas mãos nas minhas." "Romance" de Guilherme de Almeida
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Brasília dos abutres
Depois do carnaval de chistes e monumentais baixarias dos parlamentares durante a votação de impedimento da Presidente Dilma, o dia de hoje, segunda-feira, acordou sem a nuvem escura que pairava sobre o país. O céu, longe do vermelho "aberrante", esteve mais azul que nunca, e finalmente integrou-se às alvas nuvens com o verde e o amarelo do nosso coração. E olhem que isto só foi possível através de uma ação de cidadãos comuns (Janaína, Bicudo, Reale Jr.)
Eis que, não por acaso, três abutres
insistem em planar sobre as cabeças dos tupiniquins. Lula ainda fora das
grades, e quando for preso certamente receberá um remédio judicial que logo o
livrará. Na mesma condição segue-se Eduardo Cunha e Renan Calheiros. E
olhem que isto só é possível pela ação da Polícia Federal e do juiz Sergio
Moro, e a população que antecedeu isto tudo com manifestações de rua.
Seguem-se mais da metade dos quinhentos e
treze parlamentares que ontem estiveram na Câmara dos Deputados votando sim ou
não ao impeachment da presidente Dilma. É abutre que
não acaba mais. Juntos formam outra nuvem que na Câmara continuarão brigando
por carniça.
Pois que fiquem com a carniça, mas na
cadeia, e que o Brasil possa, enfim, seguir sob céu claro e respirar bons
ares.
JRToffanetto
domingo, 17 de abril de 2016
Acorda Brasil
Acorda Brasil, o mundo. Nada mais ficará sob o tapete, reveja-se. Urge limpar. Abre-se alas para o novo. O que está acontecendo em Brasília no dia de hoje também marca uma nova era, e nela não caberá o que foi antes, preço alto demais (sofrimento) para um mundo bem pior. (JRToffanetto)
Miroslav Vitous - Freedom Jazz Dance
Miroslav Vitous - Bass
John McLaughlin - Guitar
Joe Henderson - T.Saxophone
Herbie Hancock - E.Piano
Jack DeJohnette - Drums
sábado, 16 de abril de 2016
Brasil em crônica
A história do Homem é escrita com luz, fora disso, o que ainda vemos é o homem buscando alguma claridade no meio da escuridão tal qual o Brasil de hoje.
Ainda é preciso
colocar malversadores de recursos públicos na cadeia, depor uma presidente
inépta e conivente com larápios de toda ordem, um desatinado em plantão, e criminosos no congresso limitado a dois terços para a depor.
Passar por esta
experiência é preciso. O que virá depois ainda será, infelizmente, governo de
homens com "h" minúsculo, ou mais uma tentativa entre acertos e
erros, e a torcida do povo para que façam, pelo menos, o dever de casa com
lisura. Enfim, que governem (administrem) este país devastado pelo egoísmo insano e pela
perversidade sem tamanho, tirando-o do buraco escuro da turma do Lula.
Enfim, como tudo está em evolução...
JRToffanetto
sexta-feira, 15 de abril de 2016
O céu que se quer azul
O céu está azul, o céu que se quer, o céu que se ama,
mas o da imagem acima é o céu sobre as cabeças dos brasileiros, ou pelo menos até domingo, até o impedimento da presidente Dilma. Uma novela escandalosa demais, aturada por tempo demais. (JRToffanetto)
terça-feira, 12 de abril de 2016
domingo, 10 de abril de 2016
Curiosidade?!
Não foi a primeira vez que tais esferas coloridas, semitransparentes e com luz, surpreenderam-me ao vê-las em revelação no visor da máquina. Já ouvi diversas explicações, inclusive as que transcendem a razão comum. Em razão disto, e da plasticidade algo alcançada, compartilho-a com os amigos deste meu blog.
Em 22.05.2013 às 18:09 h - Jundiaí/SP |
sábado, 9 de abril de 2016
A intimidade das sombrinhas
Google Imagens |
A intimidade das sombrinhas
São sombrinhas por que sob a luz da estrela sol só cabe um
corpinho.
Leves e soltas, as sombrinhas são pertences do arco-íris sob
nuvens tenebrosas, e as gotas de chuva que as tocam se transformam em pedrinhas
de brilhante, daí o rasto luminoso que as seguem.
Prima de dois guardas – guarda-chuva e guarda-sol, as
charmosas e coloridas sombrinhas defendem delicados corpinhos dos raios de sol
e até de trovoada.
Se guarda-chuvas lembram temerários morcegos voando por
vielas escuras, sombrinhas são coloridas borboletas a pousarem em vitrines brilhantes.
Se na multidão um rastro de perfume o tocou, procure por uma
sombrinha. Sob ela há um repositório de descansada beleza o esperando com um
sorriso lunar, mas cuidado, elas vexam-se com acenos abruptos ou maliciosos e sempre
voam pra longe de olhares indelicados ou predadores.
A tecitura das sombrinhas é feita com a linha do horizonte a
partir da barra clara do dia e, assim, são carregadas sem nenhum esforço.
Elas são irmãzinhas do Pequeno Príncipe de Saint Exupery.
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Guarda-chuva em verso e prosa
Guarda-chuva em verso e prosa
Parente da varinha de condão,
o guarda-chuva é instrumento mágico.
Só aparece se invocado por trovão.
O guarda-chuva é romântico quando aberto,
se fechado, logo alguém vem perguntar:
- Quando vai
chover?
Resposta do
homem do tempo:
- Quando eu
abrir o guarda-chuva.
Só boca aberta toma chuva.
Se guarda-chuva chuva guarda,
molha-se sem abrigo ao abri-lo. Olha,
o que guarda chuva é nuvem.
Bem... ocorrendo
mais alguma coisa,
guardo pra contar depois.
Veja também:
Teoria do Guarda Sol e
O Guarda-Céu (Teoria do Guarda-Chuva)
quinta-feira, 7 de abril de 2016
"Se gritar pega ladrão...
Com a crise política-econômica em que o Brasil, dilapidado por
larápios de toda ordem, é de fazer dó o reflexo direto disso na vida de todo brasileiro.
A TV aberta mostrou agora: no Rio de Janeiro, bombeiros atravessando 30 km para
chegar à base porque não tem dinheiro para tomar o ônibus, e quando lá chegam nada
tem para comer; professores que, pelo mesmo motivo não estão dando aula nas
escolas públicas; hospitais sem remédios, polícia que não pode sair atrás de
bandidos por falta de gasolina e até de papel para fazer Boletim de Ocorrência.
Aqui em São Paulo, como você pode
ficar impassível vendo a moçada largando a faculdade e, sem perspectiva de
retorno a ela, sujeitam-se a subempregos porque o governo simplesmente acabou
com o FIES, com o PRONATEC (formação de tecnólogos), e nem as faculdades paga.
Cinemas, teatros, e pequenos nichos culturais fechando as portas.
A propósito, pra que a arte serve pra turma do Lula e da Dilma? Serve pra juntar Chico
Buarque com meia dúzia de artistas apoiando o governo(?) do caos, ou
será que estes fazem parte do projeto criminoso de poder?
Tem muita gente na idade de Caetano, Gil, Chico, pedindo esmolas junto aos semáforos. E o Caetano que escreveu algo
como "Podres Poderes"? O que ele faz com seu (nosso) inestimável
legado cultural? Por outro lado penso que o povo brasileiro"está deixando de se
iludir, está saindo às ruas em protesto contra o descaso, a incompetência, a
vaidade dos políticos, a ladroagem institucionalizada no governo.
Bezerra da Silva disse tudo em "Se gritar pega ladrão..."
JRToffanetto
quarta-feira, 6 de abril de 2016
segunda-feira, 4 de abril de 2016
"Canção do Mar" por Dulce Pontes
Dulce Pontes é compositora, cantora, poeta, arranjadora e produtora portuguesa.
Canção do Mar é uma canção portuguesa com letra de Frederico de Brito e música de Ferrer Trindade, foi cantada por Amália Rodrigues em 1955, sob o título Solidão, no filme Os Amantes do Tejo.
domingo, 3 de abril de 2016
sábado, 2 de abril de 2016
É falso o amor sem bondade
Felicidade é o mesmo que amar. O amor, precisa ser construído todos os dias, de dentro pra fora, um aprendizado constante. O que você constrói dentro de si, um palácio que vai além dos seus limites físicos ou perdeu o caminho de volta para a sua casinha interior e agora vive numa tapera? Para viver a felicidade, o amor, a paz, é preciso, por primeiro, fazer justiça para com o “milagre” da sua própria existência. Quem tem bondade em suas atitudes, também a terá em seus pensametos. Pergunte-se isto para saber se você ama de dentro pra fora. É falso o amor sem bondade. Quem ama se entende melhor, e quem se entende melhor vai ao encontro do outro, move-se de si mesmo (JRToffanetto)
Google Imagens |
Suíte Brasileira, de Francisco Mignone
Suíte Brasileira, de Francisco Mignone. Obra estreada no Rio de Janeiro em 1937. - Partes: Na Cabana do Pai Zuzé - Modinha - Batuque. Gravação no Theatro Municipal em 2007. Regente: Mário Tavares.
Francisco Mignone (1897 — 1986) dedicou-se a todos os gêneros musicais, colorindo grande parte de sua obra com os matizes culturais brasileiros. Filho de imigrantes, viveu até a juventude nos bairros italianos de São Paulo. Recebeu cedo do pai lições de flauta, trompa e piano, estudando este instrumento com professor particular, mas, aos 13 anos, para custear as aulas tocava em pequenos conjuntos e acompanhava sessões de cinema mudo. Assinava suas músicas como Chico Bororó, nome de um jogador de futebol, pois fazer música popular era transgressão social. No Conservatório Dramático e Musical São Paulo conheceu Mário de Andrade, que teria imensa influência em sua música nacionalista.
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