Do rio se encontrando com o mar
No rio da vida
todos molham os calcanhares
Linhas em folha de papel,
margens de rio a fluir ideias símbolos
Lua, claridade branca,
Imutável sobre rio que vai
Quem da lua sabe
correnteza não engolfa,
passa pelo peito de águas calmas
Peixes de soneto perfume às mãos vazias,
nutrientes versos formam, precisos.
e voltam ao rio sob lua serena
Por não trazer redes ou fisgas,
barquinho sabe das águas que correm,
que peixes extratosféricos
pulularão dentro e fora ele sabe
E ele que fora só pra ficar com a lua.
Lua,
a mesma ao fim da rua,
ao fim da lua
mas
se à margem volta é porque
compartilhar é preciso,
todo santo dia de sol e lua
Pra quem gosta de peixe,
eis o sagrado ofício
do rio se encontrando com o mar.
(JRToffanetto)