Sutilezas
JRToffanetto
(Em 2000)
De quem é o olhar que
espreita por meu olho?
Quando penso que
vejo, quem continua vendo?
(Fernando Pessoa)
Nossos olhos são as
flores
Se nela vemos
encanto,
Pétalas de todas as
cores
Dos versos vestem
manto
A árvore é sutileza
da criação
Vem o fogo torna-a carvão
Sutil é o vento por
não passar em vão
Levando a semente canta
desolação
Dito que somos pó das
estrelas
Nosso mecanismo gira
excêntrico
Muito além das coisas
mais belas
O vir-estar num
frêmito
Eternidade exposta
No fitar estrela deposta
Tão sutis somos nós
Víscera exposta
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