os céus em altos brados
Andei pelo meu bairro às escuras depois da tempestade de ontem.
Silêncio, tudo parado, sentido
Trovões sussurravam ao longe.
Tirei os chinelos
Vidraças bruxuleando luz de velas, calçadas desertas.
Relâmpagos tremeluziam
Ainda me perpassava a sensação de chuva deitada contra a janela,
vento e ribombos
Pneus cantavam avançando pela avenida ainda molhada das nuvens.
Faróis assaltando a escuridão
Frescor da enxurrada descendo o bairro junto da guia da calçada.
Dimensão do tempo e espaço
Depois de vários quarteirões, voltei pra casa sem passar por viva alma, um boa noite que fosse
A Regina me esperava junto ao portão aberto, abracei-a.
Chão de estrelas sobre céu encoberto
Na mão de um dos braços da Via Láctea,
não estamos sozinhos
(JRToffanetto)
Sábado à tarde em 21 de fevereiro de 2015, Jundiaí |
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