Na Conjunção das Estrelas
Através de
Pétalas pretas,
as folhas verdes
que vinham
até mim
claras como a luz
no orvalho,
cintilavam
o brilho lunar
do encontro
na conjunção
das estrelas
(Yuri Ulrych)
Não conversei com o Yuri após receber este seu poema através do Messenger. Senti-me arrebatado por ele, e não sem motivo. Sentimento que me tomou pelo seu fazer poético, arte filosófico, e do seu tempo, o nosso tempo, ensejando-me escrever sobre, seja comentando ou mesmo o interpretando, recriando-o qual ensaio, porque sei da dificuldade quase geral que há para entender um poema, um artefato do sentir. Assim como sei da abjeção da mente coletiva em torno do poeta, quer este se identifique como tal ou não.
Assim posto, sinto este seu poema como a trajetória do poeta e do seu fazer artístico em atenta desatenção ao incidental, sempre em profusão de significados que não lhe escapam, o fugidio, detalhes pulsantes do meio que o cerca, dizendo-lhe no íntimo para além de si próprio. Da beleza não vista no comum, o olhar sem ver (as pétalas pretas), que nele chega cantando rente à pele para seguir à forma artística e seguir seu curso adiante, alcançando o outro - o dar -, a quem possa, minimamente, colher significado como a uma rosa.
Assim posto, sinto este seu poema como a trajetória do poeta e do seu fazer artístico em atenta desatenção ao incidental, sempre em profusão de significados que não lhe escapam, o fugidio, detalhes pulsantes do meio que o cerca, dizendo-lhe no íntimo para além de si próprio. Da beleza não vista no comum, o olhar sem ver (as pétalas pretas), que nele chega cantando rente à pele para seguir à forma artística e seguir seu curso adiante, alcançando o outro - o dar -, a quem possa, minimamente, colher significado como a uma rosa.
Algo solitário em alguém extremamente comunicativo como ele. O de compartilhar a beleza que sente, vivenciando-a em meio de olhares obnubilados (as pétalas pretas, verde luz para ele), mas não é por não verem que o Belo que não está. Não é por não saberem da conjunção das estrelas, ou que as tenham integrado ou não, que ela não está tão dentro quanto fora. Traze-a o poeta em reverência a algo maior que ele, onipresente a todos nós
Enfim, quem tem rosas para dar (função útil), dá rosas, aqui, o artefato sensível (poemas), e para aqueles que as queiram. Interessante que a rosa sempre vai para o solitário sobre uma toalha de crochê na mesinha da vovó, em reverência à Bondade no Belo, o mais antigo sempre é o mais novo, o do presente depois de tudo, evolucionalmente dizendo.
O poema do Yuri é pertence de um mundo mágico, encantadoramente real., é do DNA dos poetas da Verdade só possível pela Pureza, pelo Amor, pela Bondade, e que lhe dá Tamanho. Assim é o Yuri em seu brilho lunar, este seu poema decorre.
JRToffanetto
Nenhum comentário:
Postar um comentário