(Pálida Tarde Pandêmica)
O sopro do vento canta temerário
Nuvem abraça o sol. Olhares esmaecidos
A tarde canta vizinhança invernal.
cheiro de café no coador
anima horas arrastadas, lentas, cinzas
Vozes sepulcrais zanzam no vento outonal,
Olhares espadadas por brechas oblíquas, mas
Foi o sol desfazendo nuvens deitadas
Deu fé aberta em azul, cintilante azul
Foi o alarido de crianças esfuziantes
Mas as pessoas não mudaram seu humor
Deixaram a procissão, perderam-se no féretro
Sobre cabeça de nuvem, sombra em dissipação
brilhou cintilante maço de algodão
Soberbo voo da implacável coruja
Arrepio mudo, incônscio, ancestral
Não haverá outro dia mais escuro
_JRToffanetto
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