(Imagem extraída da Internet)
Não financie o crime, financie o bem.
Quanto mais falamos sobre o crime, mais força damos a ele e, especialmente, ao MEDO. Ele está em letras garrafais nos jornais de todo país, e o bem comum, aonde está? Em algum canto, e sem nenhum destaque, em letras de tamanho mínimo.
A mídia, especialmente a televisão, fez da ocupação nas favelas do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro um dantesco espetáculo. Até parece que a prioridade nacional é a banalização da crime. Enfocam o nocivo, o danoso, a perdição. Destaca-se o desalmado, a crueldade, a violência. Ora, na sociedade, no trabalho, nos lares, o foco deveria estar no acerto, no positivo, no bom juízo e não na violência, na luta entre bandidos e mocinhos. Dá a impressão que vivemos no pior dos tempos.
Está na hora de cultivarmos a SUSTENTABILIDADE DE NOSSAS EMOÇÕES, DE NOSSA MENTE, DO NOSSO ESPÍRITO. O que é valorizado é imitado. Vamos valorizar o crime ou o bem? Que tal passarmos a inverter a prioridade? A mídia promove um terrorismo brutal no inconsciente das pessoas. Devemos proteger nossos filhos valorizando a alegria contagiante sempre presente nas crianças, incentivar coragem aos adolescentes que iniciam sua luta para vencer na vida, dar-lhes a mão, ficar perto para ajudá-los sempre que precisem, financiar-lhes o bem. Estimular-lhes a criatividade, apresentar-lhes opções culturais, incentivar-lhes a leitura para que melhorem sua comunicação com o mundo. É preciso confiar na conquista da felicidade individual para que possamos expandí-la ao nosso redor e, deste modo, construir um mundo bem melhor que o apresentado pelos meios de comunicação de massa.
Enfim, o século XX foi pródigo em fazer guerras e mais guerras em busca da paz, e a conseguiu? O que vimos na favela do alemão foi guerra, e não um exercício da paz. Devemos fazer do nosso trabalho, da nossa família, da nossa sociedade, um permanente exercício da paz. Ponho em discussão o uso do terrorismo de plantão por parte da mídia. O que sei é que a maioria do povo brasileiro trabalha pela paz, e que lutam, lutam muito na vida, e que não merecem espetáculos do pânico, do MEDO, mas da fé em acreditar na vida. Como diz uma canção de Milton Nacimento "Queremos o amor, não queremos a guerra não".
Jairo Ramos Toffanetto