sexta-feira, 6 de julho de 2012

Oh Maís, Maís


(Fotos do alto da Vila Arens
 em 04.07.2012)

A cidade de Jundiaí que acontece em meu coração chama-se Maibela, uma cidade mais verdadeira, mais silenciosa, mais bela. Sua maior virtude é me surpreender a cada momento, a cada esquina, a cada trecho de calçada. Sempre a sinto como se a visse pela primeira vez. Amo-a como da primeira vez. Um caso de amor à primeira vista, de todas as suas vistas. Foi quando meus olhos se abriram. Abriram-se e nunca se fecharam porque partiram, desgarraram-se nas curvas das ruas, ficaram pelos vales, alcançaram as colinas, largaram-se nas montanhas em torno, foram morar no céu, brincar desde a barra clara do dia, perderem-se entre luzes e sombras, sons e cores, formas e olores. Silhuetas que não param de construir meu olhar e me consubstanciam. Nenhuma imagem, panorâmica ou restrita, são levadas pelo sopro do esquecimento. Elas deixam decalques em minhas células a despertar sentimentos. Tudo o que faço é dar-lhes fôlego . Acho que me constituo das nuvens de todos os céus que já vi e neles senti o movimento da eternidade. A cidade é o contato humanizante, em construção contínua, sejam belas ou espectrais, leves ou pesadas, doces ou amargas, singelas ou exuberantes. Às vezes Maisbela brinca comigo e se esconde. É quando a cidade comum a todos aparece. Oh Maís, Maís, você não me escapa, e já que eu te pego.

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Jairo Ramos Toffanetto

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