Crianças no Ano Novo
Ouvi uns
grunhidos de crianças no portão de casa instantes antes da campainha tocar às
8:30 h. Eu já sabia o que fazer. Como
geralmente andam em dupla, peguei uma castanha do Pará e uma nós para elas e
saí para atendê-las:
- Boas
Festas, moço. Disseram-me três crianças em coro.
Abri a mão e
dei pra elas o que eu havia separado. Duas meninas e um menino entre cinco e
seis anos de idade. Todos lindos de morrer.
O menino exclamou
ao pegar a castanha do Pará:
- O que é
isto?
Ele a mordiscou assim que eu disse o que era.
Enquanto
isto uma lindinha de cabelos negros e encaracolados de modo miudinho ficou a
olhar para mim. Disse-lhe:
- Espera aí
que eu vou pegar pra você também. Os
outros dois comiam a castanha enquanto contemplavam a noz.
Ela abriu um
sorriso ao recebê-las.
- “Péraí”
que eu tenho mais uma coisa para dar a vocês.
Voltei com
um saquinho de uvas passas. Abrindo-o, disse para elas:
- São uvas
passas. Peguem o quanto quiserem. É pra encher a mão.
- Obrigado
moço, disseram-me uma depois da outra, e me deram thau com suas mãozinhas
encantadoras.
JRToffanetto
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