Estar na “Instalação/ocupação PRESENTEAUSENTE” e tese de doutorado em artes da artista Keller Duarte (pela Universidade Presbiteriana Mackenzie) foi um debruçar-se sobre uma história de vida pelo viés da arte: a passagem de Edmur Duarte, um advogado e sambista compositor no meio sócio cultural político econômico da cidade de Jundiai-SP.
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Nada às vistas, isto é, avultando os olhos. Mal se percebe as instalações. Aparentemente, só um quarto de hotel mas... passo a passo você vai descobrindo(-se), surpreendendo-se, experimentando a fineza de sensações em ampliação do sentir, o deslinde de experiências compostas num espaço mínimo povoado de diálogos do silencio, ora com o retratado, ora com a artista, ora consigo próprio. Algo pronto a se revelar a todo o tempo, e ao tempo das suas próprias emoções. Pura alquimia.
Traços
sutis, cheios de silêncio vivaz, eloquentes à alma. A linguagem do belo, do eu nuclear, do sentir
sentindo-se. Um quarto do tamanho do mundo, do mundo leve, daquele em que vale
a pena viver para dar as mãos e sair por aí num final de tarde de verão.
Depois de vinte minutos marcados, o fechar desta porta foi como o voltar de outra dimensão. A porta se fechou mas já não tranca mais, continua aberta dentro do peito.
Jairo Ramos Toffanetto
2 comentários:
Texto de um observador sensível! Delicadeza e leveza com as palavras indo ao encontro das imagens, das formas,... Gosto dessa liberdade de expressão! obrigada.
O encontro com seu PRESENTEAUSENTE não poderia ser de outro modo, Keller.Impressões terrenas e universais,sutis, reverentes,liga de céu e terra, enfim, eternizadas em nossos corações, e pela tua liberdade de expressão artística.
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