domingo, 23 de março de 2014

Poesia do tijolo de barro cozido (reedição)

Reedição de postagem em 17.09.2013


Nosso planeta visto do espaço

A Poesia é como um pássaro extraordinário que vem cantar dentro da gente, mas é preciso deixar as janelas abertas. Quem pensa prender a Poesia dentro de si segura poemas não a Poesia.

Eu já nem sei quando Ela chegou. Sinto-A antes mesmo de eu próprio ter vindo. Ela está sempre  chegando e partindo. Às vezes, no meio da noite, acordo esquecido de mim, então eu sou o céu estrelado que sinto sob o teto. A Poesia é maior que todos nós, poder da leveza, matéria além matéria. 


Sempre bebo da Poesia no azul do céu sobre a cidade mas, às vezes, Ela se anuncia pelo comprimento das sombras, e quando, seu movimento é para além do que olhos de terra podem ver. 

Falo e escrevo aonde não cabem palavras, exercito(-me) isto. Desejo versos que atravessassem a matéria. Versos são tijolinhos de barro cozido.

Gosto de assentá-los para, depois, debruçar-me no peitoril da janela, e quando, eles se transformam em pássaros que partem para um dia voltarem atravessando a matéria. Para um dia além tempo voltarem, quem sabe, da Poesia Luz.
JRToffanetto

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