Pra beber do Belo não precisa de nada não, basta por os
olhos no céu azul, seja nas nuvens cinzas ou outonais passantes por estes dias. Linguagem do sentir.
Tudo é movimento. Parar a mente para entrar nele, fundir-se. Resta
agradecer. Novo reconhecer(-se)
Mas você pode precisar de um copo. É quando você bebe da
translucidez da água, outro privilégio. O tal copo pode ser uma máquina
fotográfica. Neste planeta lindíssimo, o
belo também pode ser extraído, o olhar construído, demanda da tua sede ao copo.
Pois este instrumento captador de imagens é sensível a
incidentes, os quais só percebidos pela tua atenta desatenção. Demanda criação
de um estado para expressão artística, e quando, o universo corrobora e você,
não mais a máquina, torna-se um instrumento. Em toda parte está o Todo,
inclusive em você.
Temos, então, o Belo inefável - o princípio eterno - e o
belo artístico. No artístico é preciso fazer a passagem para uma nesga do Belo
(o Todo), tão dentro quanto fora e no que pode caber, integrar. A obra de arte não faz interlocução com o
Belo, é você quem a faz, é preciso construir a ponte, um a um, e se todos, é o Céu na Terra.
A arte não é caminho,
é horizonte a mostrar o que ninguém está vendo, ainda. O Caminho, o Belo, está depois do horizonte, no aqui-já-agora, no eterno presente sem ponte pra retorno.
Arte fotográfica? Só
depois da revelação.
Blue Jeans?
JRToffanetto
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