quinta-feira, 14 de maio de 2015

O Belo inefável e o belo artístico




Pra beber do Belo não precisa de nada não, basta por os olhos no céu azul, seja nas nuvens cinzas ou outonais passantes por estes dias. Linguagem do sentir.  Tudo é movimento. Parar a mente para entrar nele, fundir-se. Resta agradecer. Novo reconhecer(-se)

Mas você pode precisar de um copo. É quando você bebe da translucidez da água, outro privilégio. O tal copo pode ser uma máquina fotográfica.  Neste planeta lindíssimo, o belo também pode ser extraído, o olhar construído, demanda da tua sede ao copo.

Pois este instrumento captador de imagens é sensível a incidentes, os quais só percebidos pela tua atenta desatenção. Demanda criação de um estado para expressão artística, e quando, o universo corrobora e você, não mais a máquina, torna-se um instrumento. Em toda parte está o Todo, inclusive em você.

Temos, então, o Belo inefável - o princípio eterno - e o belo artístico. No artístico é preciso fazer a passagem para uma nesga do Belo (o Todo), tão dentro quanto fora e no que pode caber, integrar. A obra de arte não faz interlocução com o Belo, é você quem a faz, é preciso construir a ponte, um a um, e se todos, é o Céu na Terra.

A arte não é caminho, é horizonte a mostrar o que ninguém está vendo, ainda.  O Caminho, o Belo, está depois do horizonte, no aqui-já-agora, no eterno presente sem ponte pra retorno.

Arte fotográfica? Só depois da revelação.
Blue Jeans?

JRToffanetto

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