sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Guilherme de Almeida e seu "Lenço de enxugar estrelas"




Este poema de 1925 (Meu Livro de Estampas, de Guilherme de Almeida), é mais um dos seus pertences da Felicidade, da Alegria de ser e de estar, mesmo que a realidade do meio para com ele, e por toda sua vida, não lhe fosse tão desejável como queria. O sentido da sua linguagem poética estava além do encadeamento lógico das palavras, desprendia-se da matéria se estendendo noutra dimensão, assim tão factível para ele, de pura beleza. Foi de lá que ele veio. A Bondade morava nele. (JRToffanetto)

Sossego macio da tarde.

Um sol cansado
Passa pelo seu rosto suado
uma nuvenzinha alva com um lenço
para enxugar as primeiras estrelas

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