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A ribanceira
De frente a ribanceira você dá um passo e percebe sofrer um forte empuxo pra baixo Apruma o corpo em vertical. Levanta a cabeça por ela gerar força de tração. Na ponta dos pés, dedos forçados contra o chão mantem-no equilibrado. Seus olhos correm em varredura de algo a se agarrar caso role abaixo. Só vê folhagens impedindo-o dimensionar a extensão do precipício, o tamanho do abismo e nenhum arbusto para se agarrar.
Pergunta-se o que haveria lá embaixo, rio, lago profundo, pedras?
Qualquer movimento ou falta de atenção, ou alguma surpresa vinda da mata ser-lhe-ia de alto risco. Enfim, ele saiu de lá em situação limite usando recursos próprios na linha tênue entre vida e morte.
De volta ao alto do abismo, perguntou-se de como pode querer aventurar-se por aquela ribanceira íngreme. Porque precisara passar por aquilo? Agora sabia: Um passo fora do caminho e cair num abismo sem retorno pra contar a história. Dias depois, em reflexão, ocorreu-lhe: existem pessoas quais abismos.
Pessoas abismos
São de carne e osso. Parecem vindas das grandes profundidades da terra. Aparentam-se insuspeitáveis. Sente como dever evitá-las. Pois interdite a entrada de qualquer um destes em seu microcosmo. Usarão disfarces, comumente postar-se-ão como inofensivos coitadinhos. Não abandonarão a senda de o trazer ao seu ambiente miasmático. Se andar do seu lado, num vacilo ver-se-a diante de silenciosa ribanceira escarpada sem nenhum passarinho cantando. Atente, é um sinal. Não dê um único passo fora do caminho, pode ser o derradeiro. Mesmo com o sinal fechado, elas não se darão por vencidas até lhe cozinhar os miolos, jogá-lo no fundo do poço em que ela estão. O quinto dos infernos deve ser bom pra ela.
_JRToffanetto
De frente a ribanceira você dá um passo e percebe sofrer um forte empuxo pra baixo Apruma o corpo em vertical. Levanta a cabeça por ela gerar força de tração. Na ponta dos pés, dedos forçados contra o chão mantem-no equilibrado. Seus olhos correm em varredura de algo a se agarrar caso role abaixo. Só vê folhagens impedindo-o dimensionar a extensão do precipício, o tamanho do abismo e nenhum arbusto para se agarrar.
Pergunta-se o que haveria lá embaixo, rio, lago profundo, pedras?
Qualquer movimento ou falta de atenção, ou alguma surpresa vinda da mata ser-lhe-ia de alto risco. Enfim, ele saiu de lá em situação limite usando recursos próprios na linha tênue entre vida e morte.
De volta ao alto do abismo, perguntou-se de como pode querer aventurar-se por aquela ribanceira íngreme. Porque precisara passar por aquilo? Agora sabia: Um passo fora do caminho e cair num abismo sem retorno pra contar a história. Dias depois, em reflexão, ocorreu-lhe: existem pessoas quais abismos.
Pessoas abismos
São de carne e osso. Parecem vindas das grandes profundidades da terra. Aparentam-se insuspeitáveis. Sente como dever evitá-las. Pois interdite a entrada de qualquer um destes em seu microcosmo. Usarão disfarces, comumente postar-se-ão como inofensivos coitadinhos. Não abandonarão a senda de o trazer ao seu ambiente miasmático. Se andar do seu lado, num vacilo ver-se-a diante de silenciosa ribanceira escarpada sem nenhum passarinho cantando. Atente, é um sinal. Não dê um único passo fora do caminho, pode ser o derradeiro. Mesmo com o sinal fechado, elas não se darão por vencidas até lhe cozinhar os miolos, jogá-lo no fundo do poço em que ela estão. O quinto dos infernos deve ser bom pra ela.
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