Do azul violeta
Vou para o espelho e não me vejo,
Deixara cobrir-me com a poeira dos tempos,
Camadas sobre camadas sedimentaram-se
Desisti de limpá-las. Do azul violeta tomei banho.
Voltei ao espelho sem me assustar, afinal
quisera-me despido de mim.
Quisera-me desde antes do ventre
Ainda hoje, espelho o que eu sou
Sou vazante do que sinto, vazante do Viver
Crescido assim, de tamanho a tamanho sigo confiante
Diante do mundo transitório porque material.
Um dia o verbo Viver será conjugado por todas as vozes
Daí a âncora do meu fazer em artes poéticas
A Harmonia terrena será Cósmica
_JRToffanetto
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