Madrugada à luz do dia descoberto
Sem acordar dos pesadelos, das prevenções, dos medos...
De paralelepípedo a outro perscrutadores se entreolham,
De calçada brilhante à outra, atropelam-se
No meio da rua de um santo dia.
Enquanto isto os pássaros, todos eles, dos seus ninhos ao voo
Entusiasta, cantam beijando a luz da manhã "Oh dia Luz(...)"
Encantam o dia aberto. Compõe com eles os céus,
Fluidos Siderais, Anjos de Luz, celebram a infinitude nos finitos.
Infligidos pelo martírio, a diabada não os ouvem, nem os veem.
O silêncio sepulcral grassa grosso ao fim da linha,
Pesam nas cabeças sobre pescoços torcicolados
Porque a vida não morre,
A junção de pássaros e anjos na canção de nossos dias sempre vivos.
_JRToffanetto
Nenhum comentário:
Postar um comentário