domingo, 10 de julho de 2022

" Poema de consecutivos alinhavos até o fim da linha" _JRToffanetto

 Madrugada à luz do dia descoberto 

Sem acordar dos pesadelos, das prevenções, dos medos... 

De paralelepípedo a outro perscrutadores se entreolham, 

De calçada brilhante à outra, atropelam-se 

No meio da rua de um santo dia.  

Enquanto isto os pássaros,  todos eles, dos seus ninhos ao voo

Entusiasta, cantam beijando a luz da manhã "Oh dia Luz(...)" 

Encantam o dia aberto. Compõe com eles os céus,

Fluidos Siderais, Anjos de Luz, celebram a infinitude nos finitos.

Infligidos pelo martírio, a diabada não os ouvem, nem os veem.

O silêncio sepulcral grassa grosso ao fim da linha, 

Pesam nas cabeças sobre pescoços torcicolados

Porque a vida não morre, 

 A junção de pássaros e anjos na canção de nossos dias sempre vivos.

_JRToffanetto

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