domingo, 3 de julho de 2022

“Tudo como dantes no Quartel de Abrantes” - Poema _JRToffanetto

Cortados pouco acima das raízes os troncos

quais lápides daqueles dias inglórios, chulos


Cegaram-se dias brilhantes. Triste ebulição 

dos tempos presentes em fogo alto


Pra longe do desertificado,  pássaros no ninho

Esperança: nem sombra destes dias indignos 

 

Só o bioma chorou, cantou o ceifado

Certo de sua renovação, ciclo de vida perene.


Afinal, o tempo garante a vida, o egoísmo do homem não

Da face continental, lágrima da Amazônia ainda escorre


Em tempo: cuide-se do Cuidador

"Tudo como dantes no Quartel de Abrantes"

Atentem-se: Os índios são os maiores cuidadores

                                               leia-se "preservadores"

JRToffanetto

São Paulo, 03 de julho de 2022

Nenhum comentário: