Nascesse eu sem coração
Indiferente poderia
Ver os céus sem querer voar pra infinitude
Passaria ileso às lições que a vida ensina,
Sem nunca me reformular, aumentar de tamanho,
teria uma visão egóica, achatando-me na realidade comum.
Sem me entender melhor,
jamais iria ao encontro de outros,
nem sentiria a dimensão das almas.
Em tempo algum
saberia o que é amar e amar.
Leria poemas universais como a um folhetim,
Pois, eu não sorriria, não choraria,
Por não ter me conhecido,
de existência dúbia
eu não viveria,
Eu não viveria
Jairo Ramos Toffanetto
Kalanshoe da Regina
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