Cinco horas e cinquenta e cinco minutos. Do meu terraço vejo a barra clara do dia. O céu se cobre do azul mais clarinho ao violáceo. Sem se mostrar, o Sol, lenta e inexoravelmente vai afastando o manto negro pro outro lado do horizonte. Um dia de céu aberto e de toda a luz do mundo se anuncia na eternidade desta manhã gelada. Beijam-na, os pássaros. É o fim da longa noite escura. Os pneus dos veículos cantam no asfalto. Não há como deixar de pensar na Criação, no fenômeno luminoso da vida, de reverenciar a existência do conhecido e do não conhecido.
Aguardando o primeiro raio de sol, desço para fazer o café. Ainda com roupas siberianas, sento-me diante do computador no justo momento em que ouço uma buzina nervosa disparada na esquina em meio ao trânsito já intenso na Av. Fernando Arens. Entro pelo "Google" que me apresenta uma tela de pintura. Pelo desenho e cores identifico Tarsila do Amaral. Procuro suas obras em "imagens" e me certifico que boa parte delas são, de alguma forma, conhecidas pelo brasileiro mediano dos dias atuais.
Tarsila do Amaral (1886-1973) A eterna musa inspiradora da moderna pintura brasileira. |
Jairo Ramos Toffanetto
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