Em cada uma das cidades onde estive nesta semana ministrando treinamento corporativo em empresas, a primavera estava presente desde a manhãzinha, mais notoriamente à tarde, no brilho do sol, na sensação espalhada por todo canto. Notório proque as massas de ar polar em todo fim de tarde ainda mostrava a estação que se findou dias atrás. Mas algo diferente estava no ar, na luz do sol, na refração das cores à beira da estrada e nos montes. Uma estação da semente, do broto, dos bons auspícios.
Mas ontem, por volta das 10^00 h à caminho de Jundiaí para Guarulhos, tudo mudou. Nem bem cheguei ao pedágio e já tive que tirar os óculos escuros. O cinza do céu emendavava-se com o do horizonte. A empresária que estava ao meu lado, ao tirar os óculos que a defendia dos raios de sol contra o olho, exclamou um "Ninguém merece ir prá S.Paulo."
Quando a cidade despontou pela Bandeirantes, não senti a mesma emoção de quando menino, afinal era a minha cidade natal, mas algo pesado, arrastado, meio aborrecido. Felizmente o trânsito fluia rápido pela Marginal do Rio Tietê", e quando chegamos em Guarulhos a sensação de peso já era bem maior. Senti suas ruas cansadas e anêmicas, talvez por causa do cinza. Faltava cores nas paredes, brilho nas pessoas, e excedia o vento gelado que parecia vir do fundo da alma daquela cidade, daquele São Paulo sem dimensão. Não não eram os meus olhos. Muito, muito triste, mas dias melhores virão, mas meus olhos já não se enganam.
De volta para Jundiaí, o céu já foi se abrindo e ainda faltando uns trinta quilômetros de rodovia, a sensação era a de que já estávamos em casa. Entramos na cidade com num fim de tarde ensolarado. Creio que, apesar de estarmos encostados àquela megalópolis, o que nos salva são as florestas da Cia. Melhoramentos e, por aqui, a cidade é circundada por inúmeras "serras", um privilégio.
Aposto que as barbas do São Paulo (o santo) não estão brancas, mas sujinhas de fuligem.
Mas ontem, por volta das 10^00 h à caminho de Jundiaí para Guarulhos, tudo mudou. Nem bem cheguei ao pedágio e já tive que tirar os óculos escuros. O cinza do céu emendavava-se com o do horizonte. A empresária que estava ao meu lado, ao tirar os óculos que a defendia dos raios de sol contra o olho, exclamou um "Ninguém merece ir prá S.Paulo."
Quando a cidade despontou pela Bandeirantes, não senti a mesma emoção de quando menino, afinal era a minha cidade natal, mas algo pesado, arrastado, meio aborrecido. Felizmente o trânsito fluia rápido pela Marginal do Rio Tietê", e quando chegamos em Guarulhos a sensação de peso já era bem maior. Senti suas ruas cansadas e anêmicas, talvez por causa do cinza. Faltava cores nas paredes, brilho nas pessoas, e excedia o vento gelado que parecia vir do fundo da alma daquela cidade, daquele São Paulo sem dimensão. Não não eram os meus olhos. Muito, muito triste, mas dias melhores virão, mas meus olhos já não se enganam.
De volta para Jundiaí, o céu já foi se abrindo e ainda faltando uns trinta quilômetros de rodovia, a sensação era a de que já estávamos em casa. Entramos na cidade com num fim de tarde ensolarado. Creio que, apesar de estarmos encostados àquela megalópolis, o que nos salva são as florestas da Cia. Melhoramentos e, por aqui, a cidade é circundada por inúmeras "serras", um privilégio.
Aposto que as barbas do São Paulo (o santo) não estão brancas, mas sujinhas de fuligem.
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