México 10
x Vaidade 0
Os gregos iam pras batalhas de banho tomado, vestidos impecavelmente
como para uma missa de domingo. O
adversário sofria um impacto de admiração tão grande que ao se perguntarem o
que era aquilo, imaginando-os como deuses, talvez, que só percebiam que lutavam
contra espadas quando estas lhes atravessavam o corpo.
Neymar, o jogador mais visado deste campeonato mundial de
futebol entrou em campo com o cabelinho
tingido especialmente para o jogo de ontem e, ao seu lado outro tingido, o
lateral direito da seleção. Será que cabelo ganha jogo? O tingido não é o
cabelinho, são os caras.
Observem bem o tal do Neymar. Tudo bem que ele tenha uns
repentes criativos com a bola nos pés, mas não tem um décimo do futebol e da classe
com a bola nos pés de um Pelé, por exemplo. Também não tem a genialidade
humilde de um Tostão, ou a maestria de um Gérson, ou a categoria de um Djalma
Santos, ou a postura de impecável de um Bellini.
Acho que se espelharam no Lula, um exemplo de elegância.
Talvez na Dilma, uma coisa disfarçada, irreconhecível em todos os sentidos. Um
país brega tem uma seleção brega, falsa, constituída de hipócritas. Constituída
em resposta da mídia. Não valem nem a bola da vez.
Ao contrário da nossa seleção, a do México entrou em campo com
homens de cara limpa, e representando o seu país condignamente. A nossa, por sua
vez, não entrou num campo de futebol mas em uma passarela “fashion”. É muita
viadagem para jogadores de futebol. Não reconhecem o meio, não? Esses “caras”
tem um cérebro menor que de um avestruz, pois este, pelo menos, sabe como
ninguém esconder a cara. Acho que é por não terem um rosto, uma identidade
própria. Não possuem personalidade já formada como homens. São moleques
vaidosos e que desonram as gerações de
Zito, Zagalo, Amarildo, Brito, Rivelino...
E a presidente Dilma... A presidentA, como ela gosta de ser
chamada, em aguardo de reeleição, aposta todas suas fichas nesta seleção. Bem,
se ela ainda precisa disto é porque não temos presidente, presidenta. E... só
pra provocar os humores da mente coletiva brasileira: a presidente da Argentina
é outra vaidosa, mas a sua seleção de futebol não. Vaidade não ganha jogo. Os louros são postos na
cabeça daqueles que vencem o desafio.
Infelizmente vejo uma seleção de perdedores. A pretensa campeã mundial
de futebol é “florzinha” demais sobre chuteiras na grama.
Jairo Ramos Toffanetto
2 comentários:
Caro Jairo. A provação da suposta superioridade e favoritismo, faz com que os homens, em todos os meios, percam a visão de si. Mais ainda, passam a ter maior preocupação com o "eu" do que com o "nós". Talvez esta reação venha do próprio técnico, que respondeu na coletiva de ontem, que era problema "dele" a classificação ou não do Brasil. Esqueceu-se da nação. Por estas e outras que temos a lamentar a mediocridade instalada em todas as fileiras.
Fernando, você sempre empresta sua pedra de toque nos teus comentários. Grato
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