quarta-feira, 18 de junho de 2014

México 10 x Vaidade 0 (crônica)



México 10 x Vaidade 0

Os gregos iam pras batalhas de banho tomado, vestidos impecavelmente como  para uma missa de domingo. O adversário sofria um impacto de admiração tão grande que ao se perguntarem o que era aquilo, imaginando-os como deuses, talvez, que só percebiam que lutavam contra espadas quando estas lhes atravessavam o corpo.

Neymar, o jogador mais visado deste campeonato mundial de futebol entrou em campo com o  cabelinho tingido especialmente para o jogo de ontem e, ao seu lado outro tingido, o lateral direito da seleção. Será que cabelo ganha jogo? O tingido não é o cabelinho, são os caras.

Observem bem o tal do Neymar. Tudo bem que ele tenha uns repentes criativos com a bola nos pés, mas não tem um décimo do futebol e da classe com a bola nos pés de um Pelé, por exemplo. Também não tem a genialidade humilde de um Tostão, ou a maestria de um Gérson, ou a categoria de um Djalma Santos, ou a postura de impecável de um Bellini.

Acho que se espelharam no Lula, um exemplo de elegância. Talvez na Dilma, uma coisa disfarçada, irreconhecível em todos os sentidos. Um país brega tem uma seleção brega, falsa, constituída de hipócritas. Constituída em resposta da mídia. Não valem nem a bola da vez.



Ao contrário da nossa seleção, a do México entrou em campo com homens de cara limpa, e representando o seu país condignamente. A nossa, por sua vez, não  entrou num campo de futebol  mas em uma passarela “fashion”. É muita viadagem para jogadores de futebol. Não reconhecem o meio, não? Esses “caras” tem um cérebro menor que de um avestruz, pois este, pelo menos, sabe como ninguém esconder a cara. Acho que é por não terem um rosto, uma identidade própria. Não possuem personalidade já formada como homens. São moleques vaidosos e que desonram  as gerações de Zito, Zagalo, Amarildo, Brito, Rivelino...

E a presidente Dilma... A presidentA, como ela gosta de ser chamada, em aguardo de reeleição, aposta todas suas fichas nesta seleção. Bem, se ela ainda precisa disto é porque não temos presidente, presidenta. E... só pra provocar os humores da mente coletiva brasileira: a presidente da Argentina é outra vaidosa, mas a sua seleção de futebol não.  Vaidade não ganha jogo. Os louros são postos na cabeça daqueles que vencem o desafio.  Infelizmente vejo uma seleção de perdedores. A pretensa campeã mundial de futebol é “florzinha” demais sobre chuteiras na grama.

Jairo Ramos Toffanetto

2 comentários:

Fernando Colin disse...

Caro Jairo. A provação da suposta superioridade e favoritismo, faz com que os homens, em todos os meios, percam a visão de si. Mais ainda, passam a ter maior preocupação com o "eu" do que com o "nós". Talvez esta reação venha do próprio técnico, que respondeu na coletiva de ontem, que era problema "dele" a classificação ou não do Brasil. Esqueceu-se da nação. Por estas e outras que temos a lamentar a mediocridade instalada em todas as fileiras.

Jairo Ramos Toffanetto disse...

Fernando, você sempre empresta sua pedra de toque nos teus comentários. Grato