Polytheama: Palco ou Palanque do PT?
“Oh Terra Querida Jundiaí”,
Que Deus me perdoe,
Mas os políticos da vez abençoe.
Viva a santa ignorância daqui.
A menos que eu esteja enganado, não me lembro de nenhum
político das administrações anteriores subirem ao palco do centenário Theatro
Polytheama para se sobrepor à cena. Pois neste sábado, na Abertura da Temporada Musical, antes da apresentação da
OMJ sob regência da Cláudia Feres e da aguardada presença do compositor ,
maestro e estudioso italiano Pieralberto Cattaneo, inusitadamente subiu ao
palco o Secretário da Cultura representando o prefeito e também um vereador representando
o presidente da Câmara Municipal, e pra quê? O que poderiam dizer no templo da
música e do teatro? Declamar alguma eloquência sagrada, talvez em sânscrito?
Não reconhecem o meio, não? Mas aonde estava o diretor do Polytheama? Escondido
atrás da cortina vermelha? Mas cadê peito para lhes dizer: - AQUI? NÃO!!!, ou
melhor “Desculpem-me senhores, mas isto está fora do protocolo da casa”. No
mínimo, ele poderia anotar os nomes dos ilustres presentes e repeti-los antes
da apresentação e nada mais, e ainda acho muito. Tomaram a plateia pelo quê? Um bando de acéfalos
que engolem qualquer coisa? Foram lá apequenar o programa daquela noite, o espaço,
a nossa cidade.
O Sinhozinho Malta faria melhor, iria em pessoa, e não na figura de um representante. Quando os tais foram chamados da platéia, inocente como sou, imaginei que anunciariam algo auspicioso para a OMJ como, p.ex., a construção de um espaço adequado para os ensaios da orquestra. E a Cláudia Feres ainda agradeceu, por delicadeza, a concessão do espaço cedido pelo Sindicado dos Metalúrgicos chamando-o de “muito bonito” mas, pergunto eu: adequado? Acusticamente adequado? O Sinhozinho Malta chamaria os engenheiros que deram tratamento acústico ao espaço da OSESP e resolveria de vez a notória pobreza acústica do Polytheama. Ilustríssimos, para subir neste templo da música e do teatro é preciso ter algo para dizer, o contrário disto é vergonhoso. Sinceramente, nem me lembro do que falaram. Falácias não cabem na minha cabeça.
O Sinhozinho Malta faria melhor, iria em pessoa, e não na figura de um representante. Quando os tais foram chamados da platéia, inocente como sou, imaginei que anunciariam algo auspicioso para a OMJ como, p.ex., a construção de um espaço adequado para os ensaios da orquestra. E a Cláudia Feres ainda agradeceu, por delicadeza, a concessão do espaço cedido pelo Sindicado dos Metalúrgicos chamando-o de “muito bonito” mas, pergunto eu: adequado? Acusticamente adequado? O Sinhozinho Malta chamaria os engenheiros que deram tratamento acústico ao espaço da OSESP e resolveria de vez a notória pobreza acústica do Polytheama. Ilustríssimos, para subir neste templo da música e do teatro é preciso ter algo para dizer, o contrário disto é vergonhoso. Sinceramente, nem me lembro do que falaram. Falácias não cabem na minha cabeça.
Cultura não se relaciona com política, não se serve para
arrecadação de votos, e muito menos de palco para a secretaria da cultura. É mais do que obrigação do prefeito da cidade,
do presidente da câmera municipal, e do secretário da cultura, é uma questão de
dever, especialmente no que tange ao que compete: dar condições, suporte, para que
expressões culturais se manifestem com dignidade e respeito. Especialmente do
digníssimo prefeito é dever oferecer o melhor e não só para a OMJ, mas também
para outros grupos musicais importantes vindos da iniciativa privada. É orgulho
para a cidade ter a OMJ, uma camerata, e tantos outros. É orgulho para a cidade
termos a Cláudia Feres, uma embaixatriz da música erudita conhecida pelo mundo
afora. É um orgulho para a cidade termos um Polytheama lotado de gente que
aprecia musica universal. Vocês sabem quanto tempo um músico estuda para cada
apresentação? Quantos anos eles estudaram e ainda estudam? Sabem o quanto seus
pais investiram neles? Sabem o que é arregimentar um orquestra e conduzi-la de
forma a alcançar o lastro que a OMJ vem conseguindo?
Como cidadão brasileiro residente por toda uma vida nesta
cidade de Jundiaí, tenho vergonha de saber que a Orquestra Municipal de Jundiaí
não tenha uma sala “especial” para estudarem e ensaiarem. Convido o secretário
da cultura junto do prefeito para visitarem o espaço da Orquestra Sinfônica de
Heliópolis, regida por Isaac Isaac Karabtchevsky, e construída no meio da maior
favela da cidade de São Paulo e que o mundo inteiro a reverencia. Terei o
prazer de os acompanhar junto de amigos meus. A OMJ faz por merecer, no mínimo,
um espaço adequado, uma vez que Jundiaí é uma das cidades com arrecadação maior
que alguns estados brasileiros juntos.
Ah, ia me esquecendo: não cabe no Polytheama um apresentador com voz musicada qual radialista de quinta categoria, aliás, aonde estava o diretor daquele espaço? Não serve nem para cuidar da recepção, a qual, péssima, sem postura, sem treinamento. Não dão conta sequer de fechar a porta durante o espetáculo. Aliás, no meio da apresentação do maestro Cattaneo, vejam bem, do CATTANEO, a plateia foi invadida por um insuportável cheiro de pipoca feita com óleo vencido, “Meu Deus do Céu...” será que o maestro, ao sair, correu pra comprar uma pipoca jundiaiense? Já houveram diretores e secretários da cultura que sabiam cuidar melhor destes e outros detalhes. Uma noite que tinha tudo para se tornar inesquecível foi de grandes vexames, vexames IN SU POR TÁ VE IS, de fazer dó.
Ah, ia me esquecendo: não cabe no Polytheama um apresentador com voz musicada qual radialista de quinta categoria, aliás, aonde estava o diretor daquele espaço? Não serve nem para cuidar da recepção, a qual, péssima, sem postura, sem treinamento. Não dão conta sequer de fechar a porta durante o espetáculo. Aliás, no meio da apresentação do maestro Cattaneo, vejam bem, do CATTANEO, a plateia foi invadida por um insuportável cheiro de pipoca feita com óleo vencido, “Meu Deus do Céu...” será que o maestro, ao sair, correu pra comprar uma pipoca jundiaiense? Já houveram diretores e secretários da cultura que sabiam cuidar melhor destes e outros detalhes. Uma noite que tinha tudo para se tornar inesquecível foi de grandes vexames, vexames IN SU POR TÁ VE IS, de fazer dó.
Por fim, eu não poderia deixar de reverenciar o exemplo da
Astra & Finamax, e que merece ser seguido por demais empresários. Estes sim
DEVEM subir ao palco junto do diretor do Teatro, e nada mais, por hora, tenho a
dizer.
Jairo Ramos Toffanetto
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