Se houve uma seleção que gerou simpatia por aqui, foi a Alemanha. Seu relacionamento com o povo de Cabrália-BA, com os nossos índios, o modo elegante de como se comportaram dentro e fora de campo, deixará mais do que saudades, ficará o exemplo de disciplina, do trabalho em equipe, de harmonia, de respeito e, sobretudo, de fidelidade ao seu país e sem egocentrismo. Um outro patamar civilizacional.
Torci pra Argentina, sim, afinal são nossos vizinhos e também merecedores de respeito, mas a Alemanha livrou a final como uma penalidade, uma execução máxima, de um contra um, de batedor versus goleiro. Ganhou o jogo com a alegria do gol, e dos pés de um jovem atacante.
O partida de futebol em si, não despertou grandes emoções porque o coração não estava nas chuteiras e sim sob domínio mental, e daí a sua beleza, a do jogo estudado, trabalhado além da paixão, revelando equilíbrio dos dois lados e, assim, elevou a final ao patamar de uma grande decisão de copa do mundo. Enfim, por estas e outras, deixou sinalizado novos rumos para o futebol mundial e, daí, a inconteste a razão de um torneio como este.
Quando na prorrogação do tempo normal os dois times jogavam no limite de suas forças físicas e psíquicas, foi que ocorreu um fato notório e brilhante. O técnico alemão botou um sangue novo em campo. Para isto, sacou do time um importante e experiente jogador. Um menino com a idade do James da seleção colombiana (22 anos), em um lance de gente grande soube, como ninguém mais, balançar as redes do guarda-metas argentino, deixando feliz todos aqueles que gostam de futebol.
Em que pese tais fatores, a seleção brasileira não tinha estrutura emocional para uma final deste porte, nem homens de verdade para entrar em campo e muito menos na comissão técnica. Não tiveram merecimento para a grande festa do futebol. Em que pese o valor de outras seleções, a Alemanha e a Argentina foram dignas, legítimas representantes do futebol mundial. A Alemanha levantou a taça na qual a Argentina também é campeã.
Jrtoffanetto
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