Todo poeta
Tem um papel verde no bolso
Um pedaço de papel, qualquer papel
E como o toco de lápis na mão
Não sabe o que será escrito
Não sabe o que será escrito
A matéria de sonho o enceta
Toma café e busca o ar
Está sob o azulzinho do céu
Está sob o azulzinho do céu
Entre uma tragada de cigarro e outra
Estica o arco, lança o lápis
Estica o arco, lança o lápis
Canta-lhe as asas de um pássaro rasante à sua cabeça
Oh, uma borboleta amarela
Nela, todas as borboletas
e as que partem da ponta do lápis estão por aí,
voando, pousando no verde mato
consubstanciadas de sonho,
e o papel também
e as que partem da ponta do lápis estão por aí,
voando, pousando no verde mato
consubstanciadas de sonho,
e o papel também
(JRToffanetto)
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