quinta-feira, 30 de junho de 2016

segunda-feira, 27 de junho de 2016

De que lado você está?



A humanidade sempre esteve na interseção entre luz e sombras em movimento, e quão longas sombras. Teve tempo de sobra para, neste planeta dual, escolher de que lado está. A Luz ficará. A sombra voltará para o fundo da terra. Mas para aqueles que só desejam ficar contentes, ainda dá pra tomar umas latinhas de cerveja. (JRToffanetto)

Google Imagens


"E se" - Poema de Yuri (Ulrych) N. Toffaneto / Comentário




"E se"
aquelas
bolinhas pretas
do seu vestido branco
caíssem 
dançando ladeira
abaixo
rindo
sem ouvir
seu chamado
caíssem
em crateras
abertas
arbitrariamente
em seu pobre destino
perdido
no espaço sideral
gritando
(Yuri Ulrych)
 A transição do fim da matéria / início de nova era. 
O artista cumpre sua missão: ver num ponto fora o que ainda não se vê, e como no poema, prazeirosamente Aeh Yuri Ulrych (JRToffanetto)

domingo, 26 de junho de 2016

Em Vila Arens, Jdí/SP





Postcards de Atakama (de Mário Bortolotto) - Meu parecer em preâmbulo, o resto decorre


Diante da seriedade do contexto das duas peças – nem tão aparente em “Potscards de Atakama” porque escacancaradamente niilista –, na plateia pra uns vinte lugares não poderiam faltar os indefectíveis basbaques “risadinhas de plantão”, assim como outros tipos suspeitos, como um coroa, eu, e pior, shakespearizado por sonetos mas, sobretudo,  fiel a princípios eternos; o Yuri (24 anos de idade), ardente defensor do sonho, da felicidade de ser e estar, e não por acaso, reverente  à Poesia e não a poemas, ao Belo, à Grandiosidade.

Desafetos à tragédia, mas não aos conflitos e ao sofrimento enquanto princípio evolucional, passeamos por sorumbáticos subterrâneos, miasmáticos meandros da condição humana sem saída que a mantém no labiríntico fosso abismal, e por janelas lacradas, portas arrancadas e peitos fechados, olhos selados mas... nenhuma luz, um relâmpago no acreditar que vale a pena viver, no vencer o desafio para ser feliz através da segurança de suas emoções (?). O fato é que o Bortolotto não deixa passar um fio de luz, ou, pelo mesnos, nestas duas peças (a outra que vi já foi comentada aqui no meu blog (Link).


Estou aqui para trazer o belo mas, se me sentir necessário no ponto útil da necessidade, disseco, mesmo sem prazer, estes “postcards”.


A Morte e a Donzela (Franz Schubert) - A Eternidade no Movimento


O sentimento era de ouvi-la pela primeira vez. O belo é sempre novo. Quando os violinos abriram linguagem solo, a delicadeza foi até seu último suspiro. E a Donzela não estava só. A viola e o cello vinham acompanhando-a pela passagem. A eternidade no movimento.



Clarice Lispector (da ousadia que não cultivamos)







"O que nos impede na maioria das vezes de ter o que queremos, de ser o que sonhamos, de fazer o que pensamos e aceitar com o coração, é a ousadia que não cultivamos." (Clarice Lispector)

Jundiaí (zona oeste)



Uma folha que cai sobre a cidade



sexta-feira, 24 de junho de 2016

Martin Munkácsi: A Portrait in Motion

Martin Munkacsi
Seu mantra não poderia ser mais simples: “meu truque”, escreveu em 1935, “consiste em descartar todos os truques” – o que transparece no ar espontâneo de seus registros. “Nunca coloque seus assuntos posando, deixe os agir e mover naturalmente”. A velocidade da era moderna e as novas possibilidades da fotografia o encantavam, especialmente no ar. Há em seu portfólio diversas fotografias aéreas, de escolas de voo, de um Zepellin, de passageiros de um barco acenando para sua câmera no Brasil, mais precisamente ao Rio de Janeiro.
Nude, Martin Munkácsi 1935

"Pense enquanto fotografa". (Martin Munkácsi)


Martin Munkacsi: Greta Garbo on vacation, circa 1932
Assim ele definiu o fotografar: "Ver num milésimo de segundo aquilo com que as pessoas indiferentes convivem sem perceber" (Martin Munkácsi) 


Martin Munkacsi: Palermo, Sicily, 1927

martin munkacsi photography | Martin Munkacsi 1960

Dolores Del Rio, by Martin Munkacsi, 1937 (no Brasil)

"Frida Kahlo and Diego Rivera," 1933

1929: Germany Children at Summer camp,
near Bad-Kissinger, Germany by Martin Munkácsi

Swimsuit, Martin Munkácsi, 1935


Martin Munkacsi: “Working towards greater New York”, c. 1940

1920


July, 1962


Jean Harlow, Hollywood; Martin Munkacs

Mais fotografia:
Rodney Smith e seu mundo fantástico - Fotografia (14 imagens)
Clássico, minimalista ou lunático? De que valem rótulos ao seu trabaho
"sua obra sempre impressionou mais como arte do que como reportagem" Foi considerado como o pai do fotojornalismo. 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

quarta-feira, 22 de junho de 2016

HOMENS, SANTOS E DESERTORES (meu parecer sobre)




Em razão de ficar perto do Yuri (filho mais velho), segui-o em suas duas últimas idas pra Sampa. Pois ele, sistematicamente tem ido às apresentações teatrais de Mário Bortolotto no seu Bar Café Teatro “Cemitério dos Automóveis” há cem metros do Shopping Frei Caneca. Vi insuspeitos tipos urbanos serem dissecados, desmontados no palco, antropofagicamente devorados até nada restar, nem o tutano da ossada.

Na primeira delas, “Homens, Santos e Desertores” personifica a atemporal e sempre áspera realidade da qual poucos se dão conta ou escapam. Atores conectados com causa e efeito do inteligente fio da trama, vivem sentimentos que não se sustentam por se firmarem em verdades pessoais decorrentes de experiências mau resolvidas no passado, somatizadas ao longo, adoecidas pelo tempo. Esta purulenta ferida sem cura, impede o desenvolvimento psicoemocional dos personagens, levando-os ao reconhecimento da excruciante da tragédia de si mesmos e... BANG.

A peça termina mas deixa aberto para outras interpretações possíveis por evidências em subliminar, como a de um único personagem em duplicação no palco, ou a de, no fim das contas, tratar-se de pai e filho, e daí novas percepções e até novas soluções como o Yuri e eu tiramos.

Inusitado, pelo menos para mim, a concepção de abrir e fechar cenários apenas com spots entre relâmpagos de total escuridão para novo reposicionamento dos atores no palco, como recortes de volta à costura, assomando novas expectativas do desenrolar de mesmo tecido.

O protagonista interpretado pelo próprio autor/diretor Mário Bortolotto, suicida-se ao fim do escuro premeditadamente mais longo que o esperado, abrindo sutilmente o suspense, sobrepesando o choque do inesperado.

Seus rituais diários não o acodem do confronto consigo próprio. Atira no breu de toda uma existência fechada para novas razões, no condenado a arrastar o peso de si mesmo, e até na recusa do olhar par além de si próprio, ao encontro do outro.


Outro dia eu continuo contando sobre esta peça e talvez sobre a outra "Postcards Atakama. 

JRToffanetto

terça-feira, 21 de junho de 2016

Nos palcos da vida


Google Imagens

Em termos de arte teatral, admiro-me da total falta de noção de que o homem possa vencer-se para ser feliz, mas porque esperar desta poética aonde não há alguma? Se seus autores nunca superam a si próprios, porque esperar que sua obra se supere? Que pena.

Há muito tempo perdi as ilusões.

JRToffanetto


domingo, 19 de junho de 2016

Andromeda Mega Express Orchestra & Hermeto Pascoal (feat. Aline Morena & Fabio Pascoal)




A vida é brilhantemente séria

Schiller (1750-1805)







"Séria é a vida, brilhante é a arte."
Friedrich Schiller





A vida é séria sim,
demanda conduta filosófica, seriedade a um propósito maior.

Chegará o dia em que todos serão artistas,
Artistas da Luz que passa pela alma e segue
brilhante no tanto que couber, que integrar

e sempre mais brilhante,
ainda mais brilhante, e mais
e mais e mais brilhante
até  se tornar fluído sideral,
Criaturas de Luz,
Luz

Um dia pisamos na lua.
É tempo de pisarmos no além cosmo,
na dimensão do Eterno,o Belo.
Diante dele inimigos se abraçarão

Já vivemos em Um Mundo Bem Mellhor,
e até que todos reconheçam a nossa Terra
como o Planeta do Amor, da Harmonia Azul,
e pela Bondade Maior

Sim, assim é a Vida,
brilhantemente séria.

(JRToffanetto)

sábado, 18 de junho de 2016

Poema noturno



Melhor voltar para a poltrona - Ensaio sobre fotografia de Rodney Smith)


Rodney Smith e seu mundo fantástico - Fotografia




















A poltrona - 
Ensaio sobre fotografia de Rodney Smith

É preciso estar preparado para mergulharmos em sentimentos rasos que, invariavelmente, submergem-nos afogando nossa identidade.

Pra quem ainda precisa voltar ao caldo original para se reformular da dor de emoções pesadas... da adrenalina de um tsunami para voltar à praia, melhor voltar para a poltrona e, sem se distrair, aquietar as vagas destes sentimentos, silenciá-los abaixo dos calcanhares.

Sinta o silêncio reinante, o espaço aberto para a fusão da escolha dentro uma constelação de ideias até à forma, à materialização em ti, à nova criação de si mesmo. 

E sempre que tais sentimentos verterem do rés do chão, não deixe que eles cubram o consciente, e você, boiando, seja levado de sentimentos rasos a sentimentos rasos, à da fatal boca de lobo da sarjeta, porque é pra lá que tais sentimentos se encaminham.

Lembre-se, a poltrona lá está
esperando-o para se encontrar contigo mesmo, maior que que suas verdades pessoais e a dos outros. 

Você quer a poltrona ou acredita sobreviver às emoções baratas, baratas e letais, minando-o(a) aos poucos? 

(JRToffanetto)


sexta-feira, 17 de junho de 2016

O vôo da delicadeza - Chopin Prelúdio n.o 4

O vôo da delicadeza
Rodney Smith Fotografia


Amar é estar leve
muito leve e voar
Verbo em expanção
ao mundo mais leve
leve-me se me levo
amar voar e voar...
voar em bando
(JRToffanetto)
  


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Alberto Ginastera: Concerto per violino e orchestra op.30 (1963)




Cover image: painting by Alejandro Xul Solar.

Arte de rua (Google Imagens)

A missão do artista (Jairo e Regina Toffanetto)


“É permitir com que as pessoas mergulhem dentro de si mesmas e reconheçam a beleza da Grandiosidade em tudo. (M.Regina.B.Toffanetto)

O artista,
dando-se a missão de trazer o Belo... 
Rodney Smith Fotografia

















...toca-nos a alma no piano que somos
e não sabíamos. Assim, ele
nos liberta a Pietá - o Amor Maior -
do duro mármore que somos.
Traduz-nos a linguagem do vento
desde onde ele sopra até às nossas faces.
Torna-nos úmidos desde os mais singelos versos.
Tange as cordas de cello em nossos corações.
Diz-nos da linguagem dos fluídos siderais.
Põe movimento no inanimado que havia em nós.
Abre nosso apertado atômico.
Transpassa o diamante em nossa garganta,
Convida-nos a dançar sobre a terra que a todos sustém,
tudo tudo para nos tocar a alma.
Assim, a sua função, 
dar o seu coração ao outro, 
morada do divino em todos nós.
Com ele descobrinos 
que somos água a caminho do mar,
e, então, mar. 
Com seus pés descalsos,
chegando com a maré,
traz-nos a concha que o guarda.
a magia, a atração, a Poesia

(JRToffanetto)


Texto 4 sobre fotopoemas de Leonid Tishkov e Boris Bendikov _Junção das pupilas

Fotopoema de
Leonid Tishkov e Boris Bendikov;
texto de JRToffanetto com aporte de
Ma Regina B.Toffanetto


Junção Das Pupilas

Se de barco a lua carregas,
oh o coração trocou de nome

Planetas em construção
da terra sob os pés, mãos,
junção das pupilas

Foco,
equilíbrio de corpo e espírito,
Poesia.

Olhos de sol, íris das estrelas
Temperança,
Alma de Um Mundo Bem Melhor

Texto 3
Fotopoema de
Leonid Tishkov e Boris Bendikov;
texto de JRToffanetto c/o aporte de
Ma Regina B.Toffanetto




Caiu um pedaço de estrela no meio da noite escura. 

Todo mundo viu, mas até hoje o estão procurando. Muitos acreditam que foi a lua quem caiu.

Magos disseram que ela veio pra terra para que homem, depois da pegada que nela deixou, continuasse desbravando o desconhecido, e não tão só pra fora da nossa galáxia. Daí o fato de ela cair por aqui, segundo cálculos da NASA, próxima ao Lago da Inspiração.

Para encontrá-la, fazia-se necessário que águas profundas do sentimento fossem atravessadas. Os que nele entraram, do lago voltaram sem o pedaço de estrela ou da suposta Lua, e morrendo de medo.

Eles também garantem que se alguém a encontrou, a Lua continua lá, debaixo daquelas águas estranhas, até hoje temerárias. Demanda coragem para quem a quiser trazer à tona e assumir sua identidade cósmica. 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Debaixo daquelas águas estranhas

Fotopoema de
Leonid Tishkov e Boris Bendikov;
texto de JRToffanetto c/o aporte de
Ma Regina B.Toffanetto




Caiu um pedaço de estrela no meio da noite escura. 

Todo mundo viu, mas até hoje o estão procurando. Muitos acreditam que foi a lua quem caiu.

Magos disseram que ela veio pra terra para que homem, depois da pegada que nela deixou, continuasse desbravando o desconhecido, e não tão só pra fora da nossa galáxia. Daí o fato de ela cair por aqui, segundo cálculos da NASA, próxima ao Lago da Inspiração.

Para encontrá-la, fazia-se necessário que águas profundas do sentimento fossem atravessadas. Os que nele entraram, do lago voltaram sem o pedaço de estrela ou da suposta Lua, e morrendo de medo.

Eles também garantem que se alguém a encontrou, a Lua continua lá, debaixo daquelas águas estranhas, até hoje temerárias. Demanda coragem para quem a quiser trazer à tona e assumir sua identidade cósmica. 

Rodney Smith e seu mundo fantástico - Fotografia

Clássico, minimalista ou lunático?
De que valem rótulos ao seu trabalho?