"E se"
aquelas
bolinhas pretas
do seu vestido branco
caíssem
dançando ladeira
abaixo
rindo
sem ouvir
seu chamado
caíssem
em crateras
abertas
arbitrariamente
em seu pobre destino
perdido
no espaço sideral
gritando
aquelas
bolinhas pretas
do seu vestido branco
caíssem
dançando ladeira
abaixo
rindo
sem ouvir
seu chamado
caíssem
em crateras
abertas
arbitrariamente
em seu pobre destino
perdido
no espaço sideral
gritando
(Yuri Ulrych)
A transição do fim da matéria / início de nova era.
O artista cumpre sua missão: ver num ponto fora o que ainda não se vê, e como no poema, prazeirosamente. Aeh Yuri Ulrych (JRToffanetto)
2 comentários:
Caro Jairo, caindo as bolas pretas, acaba-se a dualidade e fica o vestido, alvo. Cuidado, podem entender ofensivas as bolas pretas. Politicamente correto seriam melhor que fossem vermelhas.... rs
Verdade, Fernando, no Brasil obtuso de hoje, patrulhado politicamente por hordas ignaras, ideologicamente unilaterais (as bolinhas vermelhas que você referenciou). Enfim, gostei da sua brincante espirituosidade. De volta à poética do Yuri, as bolinhas não cairiam se dentro elas fossem apenas bolinhas, brancas, pretas, vermelhas ou azuis compostas pelo gosto do encanto, vestidas sobre a cor de fundo, alma pura como o lírio no meio do lodo.
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