Diante da seriedade do contexto das
duas peças – nem tão aparente em “Potscards de Atakama” porque escacancaradamente
niilista –, na plateia pra uns vinte lugares não poderiam faltar os
indefectíveis basbaques “risadinhas de plantão”, assim como outros tipos
suspeitos, como um coroa, eu, e pior, shakespearizado por sonetos mas,
sobretudo, fiel a princípios eternos; o
Yuri (24 anos de idade), ardente defensor do sonho, da felicidade de ser e
estar, e não por acaso, reverente à Poesia
e não a poemas, ao Belo, à Grandiosidade.
Desafetos à tragédia, mas não aos
conflitos e ao sofrimento enquanto princípio evolucional, passeamos por sorumbáticos
subterrâneos, miasmáticos meandros da condição humana sem saída que a mantém no
labiríntico fosso abismal, e por janelas lacradas, portas arrancadas e peitos fechados,
olhos selados mas... nenhuma luz, um relâmpago no acreditar que vale a pena
viver, no vencer o desafio para ser feliz através da segurança de suas emoções (?). O fato é que o Bortolotto não deixa passar um fio de luz, ou, pelo mesnos,
nestas duas peças (a outra que vi já foi comentada aqui no meu blog (Link).
Estou aqui para trazer o belo mas, se me sentir necessário no ponto útil da necessidade, disseco, mesmo sem prazer, estes “postcards”.
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