Ontem, passado de meia-noite, deparei-me com a pintura Automat de E.Hooper e comecei escrever sobre o visto em primeiro plano em casamento com o segundo, o subliminar, o sentido, até chegar à ao fato central desta criação do artista: a razão da moça estar com luva em apenas uma das mãos o que fundamenta aquela composição ao mesmo tempo aberta tanto ao fruir quanto ao fluir, mas fui pra cama dormir, afinal, o despertador do celular está programado para me acordar às 05:40h. Tenho, agora até às 7: 45h para fazer isto, mas não me atrevo, ou pelo menos não neste momento, pois creio que uma obra de arte deve, por primeiro, ser individualmente abstraída (sentida) por cada um que a veja sentindo, e isto é com cada um. Todavia, ainda hoje ou amanhã, postarei o meu escrito sobre Automat, ok? Afinal, não devo roubar este privilégio mesmo do apreciador mais apressado, e também porque novos insights ainda estão para alcançar a forma neste meu compromisso de comunicação, e, certamente, demandarão reformulações no texto já escrito. Por hora,o melhor é deixá-lo(o texto) dormir. Aliás, seria um desrespeito ao artista e apreciadores dizer(-lhes) em quinze minutos o que lhe demandou muito mais tempo e trabalho que isto. (JRToffanetto)
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Solidão. #629
Haicai #629
Solidão
Somos seres em solidão
mesmo rodeados por multidão.
(JRToffanetto)
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
Garrafa ao mar. Haicai #628
Garrafa ao mar.
Haicai #628
Cruzando mares,
haicai é essência poética.
Quem desarrolha a garrafa?
JRToffanetto
domingo, 28 de janeiro de 2018
Poesia na cidade. Haicai # 627
Poesia na cidade
Haicai # 627
Calçadas apinhadas de gente.
Sozinha com o Todo
a Poesia pinta o ventre
a Poesia pinta o ventre
(JRToffanetto)
Maritacas. Haicai #265
Haicai # 625
Poemas
voam sobre os telhados.
Maritacas
em altíssono cruzando o bairro
(JRToffanetto)
Haicai #624. Dona Vassoura e Calçada
Haicai #624.
Dona,Vassoura e Calçada
"O chão é
de céu",
dizem pétalas
caídas
às doidas varridas
às doidas varridas
JRToffanetto
Ten Years After - Woman Trouble
Quarenta e dois anos depois do LP Stonedhenge(1969), conheci-o em 72, a faixa Woman Trouble surpreende na memória e fica passando passando e passando, desde ontem. Um prazer para os sentidos, uma poética musical que o tempo presente desconhece, mas bem que deveria.
sábado, 27 de janeiro de 2018
Marginal do Rio Jundiaí 1 e 2
O ex-presidente pelo menos terá um lugar pra dormir em seus doze anos e meio: na CADEIA, e também terá garantido o grude, a bóia, o repasto, o macacão listrado, a privada, mas privado da 51, a "mardita".
sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Ao contrário das crianças, os adultos... (JRToffanetto)
Ao contrário das crianças que na
casa não fazem tanto estragos quanto se pensa, os adultos fazem,
exageradamente, tantos estragos na casa, na família, no país, no mundo, ora por
que pensam, ora por que não pensam. (JRToffanetto)
Haicai #025 São Paulo e sua filha doCéu
Aos 464 anos da cidade de São Paulo
Haicai #025
Haicai #025
São Paulo e sua filha do Céu
Nua cidade mulher, fatal.
Sob chumbo véu,
transparências do mundo capital
(JRToffanetto)
segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
Um Reino (Fotopoema)
domingo, 21 de janeiro de 2018
Gene Harris & Roger Kellaway - Senor Blues/Splanky [HQ version]
Tenho razões para dedicar os dois blues com G.Harris&R.Kellaway ao meu filho Yuri N. Toffanetto
Yuri N.Toffanetto Fotografia _Portões
A imagem está no objeto que se vê ou nos olhos de quem vê? Pra mim, dar os parabéns ao Yuri é muito pouco e até suspeito, sou fã incondicional desta coisa performática que ele tem. Mais que o enquadramento perfeito, nela está a linguagem do eu, a a materialização dela, a sutileza do eu. Que mais(?) eu não digo, sinto. Dele sou fã. Siga, Yuri!!!(JRToffanetto)
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
Instrumento de colher imagens (3) _foto/texto/JRT
Transito
pesado, hora do rush. Semana qualquer, ano qualquer, hora de um fim de tarde
sufocante, eu parado à espera do semáforo se abrir na marginal
do Rio Jundiaí. Fotografar ou não fotografar não era uma mera questão e sim um
presságio que a imagem estava lá, que um átimo voaria dali como fazem as
borboletas. Você, qual caçador, abre às pressas o porta-luvas e retira a
máquina fotográfica. No enquadramento redescobre a imagem, define-a num momento
único. Ouve uma buzina te alertando para que avance no tráfego. Clica em
situação limite, e segue. No outro semáforo, o visto digitalizado. Vibra com o
resultado, muito mais que a pré-visualização, mais que o desejado, um presente,
ponto de realização. Você, um instrumento de colher imagens. Um encaixe com o
dedo dos auspícios, como melhor posso dizer. Gratulação. (JRToffanetto)
Instrumento de colher imagens (2) _foto e texto JRToffanetto
Ao criar um estado de ser fotográfico, às vezes em razão de um incidente, uma da flor que cai contra o capo do carro, tudo se abre e você começa ver o que estava lá, só não o percebia. Seu olhar a tudo percorre enquadrando, vendo possibilidades, depois com a máquina, e mesmo criando a melhor imagem, afinal, a flor só não caíra contra o para-brisa em reflexo espectral da árvore. Você se torna um instrumento de colher imagens.(JRToffanetto)
Foto no Jd.Cica, Jundiaí/SP |
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Mário Quintana (Hoje é outro dia) e Previsão do tempo (fotopoemaJRT)
Hoje é outro dia - Mário Quintana
(em "A cor do invisível")
Quando abro cada manhã a janela do meu quarto
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova...
(Mário Quintana)
Uma Página Nova
é a Previsão do tempo para hoje,
amanhã e depois, e depois...
(fotopoemaJRT)..
Jundiaí, 18.01.17 - 6:27h, do terraço de casa |
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
Cheguei descalço, mas não sozinho _JRToffanetto
Cheguei descalço, mas não sozinho
Aprendi a dar o primeiro passo
(JRToffanetto)
(JRToffanetto)
Nota: Trecho final do poema "O primeiro passo"
Chris Botti - "Estate" do ábum Itália(2007)
"Estate"(1960) foi uma das músicas precursoras da Bossa Nova.
Tema de tema de Bruno Martino e Bruno Brighetti. Aqui, no
álbum de Chris Botti "Italia" (2007).
domingo, 14 de janeiro de 2018
sábado, 13 de janeiro de 2018
Yuri (Ulrych) Fotografia _Estação Ferroviária de Jundiaí
O Yuri me chama às quatro horas da manhã para o levar à Estação Ferroviária de jundiaí, pois pegaria o primeiro trem em integração com metrô pra São Paulo. Há cem metros da chegada vemo-lo partindo. Mas ele não perdeu viagem, pois, com o celular a postos ficou de plantão esperando o próximo. Agora a pouco, pelo Fb, dele esta imagem da Estação Ferroviária de Jundiaí. Presente ao olhar... presente ao sentir... é daqueles fotografias que você, ao se deparar com ela, sente uma sensação de pertencimento. Você a namora, namora... e se casa com ela. (JRToffanetto)
"Bala com Bala" by Audir Blanc and João Bosco.
César Camargo Mariano reencontra seus velhos parceiros da banda de Elis Regina, o baixista Luizão Maia e o baterista Paulo Braga. Um reencontro histórico com a canção de Audir Blanc e João Bosco.
E você não abriu a porta _JRToffanetto
Quantas vezes bateu-se à sua porta
dizendo:
- É a Grandiosidade
E você nem atendeu
- É a Beleza do Universo
E você nem quis ver
- É a Sabedoria
E você nem quis percorrê-la
- É a Poesia
E você nem entendeu.
- É o Amor
E você nem quis sentir
- É a Felicidade
E você não abriu a porta
- É a Harmonia
E você a estranhou
- É a Paz
E você ficou atrás da porta
Um dia sua porta emudeceu.
E você, em reflexão, bateu à porta.
O Silêncio a abriu pra você.
Lá estava
A Grandiosidade, A Beleza do Universo,
a Sabedoria, a Poesia,
o Amor, a Felicidade,
a Harmonia Maior, a Paz.
A Vida.
Bater à porta é preciso, mas, um dia, por Justiça,
por mais que se bata à porta ela não mais se abrirá.
por mais que se bata à porta ela não mais se abrirá.
(JRToffanetto)
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
DNAurora. Haicai #622
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Brasil em fila
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
domingo, 7 de janeiro de 2018
Velhinho. Haicai #470
Velhinho. Haicai #470
Velhinho na praça
sentado, sentindo
o tempo,
a sombra, o
assombro
(JRToffanetto)
Apagão. Haicai #619
Apagão. Haicai #619
Vítreas calçadas,
flashes relâmpagos.
Luz de velas bruxuleiam
vidraças
(JRToffanetto)
Do canto único _JRToffanetto
Imagem da Internet
|
Neste plano,
formas, gestos poéticos, olores,
vão em garrafas atiradas ao mar.
vão em garrafas atiradas ao mar.
Eu mesmo encontrei
muitas destas.
Não ficam cacos na praia,
dissolvem-se nas mãos
pra cantar dentro da gente.
São da alma, que é seu lugar,
origem, e lá, no vazio,
o eterno canto gesta
nova canção inteiramente nova
a cantar no seu lugar,
dentro,
e a garrafa volta para o mar
até uma praia distante,
para mãos que os pés levaram
até a linguagem do sentir,
lugar de todos nós
(JRToffanetto)
sábado, 6 de janeiro de 2018
Integração(2) _foto e texto JRT
Invertendo a sentença em Integração(1):
Integração(2)
Tudo nos Céus os homens encontram
Tudo nos Céus os homens encontram
pra voo livre em seu caminhar
(JRToffanetto)
Do avesso. Haicai #440
Do avesso
Haicai #440
Ai,
a Terra é um poema,
versos das estrelas
num saquinho de pó
JRToffanetto
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
POR TI VOLARE com ANDREA BOCELLI Y SARAH BRIGHTMAN (Letra)
Cantada por anjos,
talvez, a mais bela canção italiana de todos os tempos.
Para sentir, amar, sonhar...
talvez, a mais bela canção italiana de todos os tempos.
Para sentir, amar, sonhar...
Cuando vivo solo
Sueño un horizonte
Falto de palabras.
En la sombra y entre luces
Todo es negro para mi mirada
Si tu no estás junto a mí...aquí
Tú
En tu mundo
Separado del mio por un abismo.
Oye
Llamame
Yo volaré
A tu mundo lejano
Por ti volaré
Espera que llegaré
Mi fin de trayecto eres tú
Para vivirlo los dos
Por ti volaré
Por cielos y mares
Hasta tu amor.
Abriendo los ojos por fin
Contigo viviré
Cuando estás lejana
Sueño un horizonte
Falto de palabras.
Y yo sé que simpre estás ahí, ahí,
Una luna hecha para mí,
Siempre iluminada para mí,
Por mí, por mí, por mí
Por ti volaré
Espera que llegaré
Mi fin de trayecto eres tú
Contigo yo viviré
Por ti volaré
Por cielos y mares
Hasta tu amor.
Abriendo los ojos por fin
Contigo yo viviré.
Por ti volaré
Por cielos y mares
Hasta tu amor.
Abriendo los ojos por fin
Contigo yo viviré.
Por ti volaré...
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Haicais da Garôa #616/17/18 + Conto de Fato _JRToffanetto
Rumorejos
Haicai # 616
Pra lá do horizonte
trovões Rumorejam.
Tiro os chinelos.
(JRToffanetto)
Haicai #617
Escritos ou
não,
haicais são
veros
decalques do
sentir
Conto De Fato
Nossa alma é
claridade, essência divina, eternidade. Já na entrada, há uma porta que se abre
mais pra dentro, para uma ante-sala cheia de haicais desde eras imemoriais. Tão
abarrotado está que é muito difícil de ser aberta. Para que se abra é preciso
bater.
Certa vez estive
lá. Por uma fresta puxei um destes decalques:
Haicai #618
É pingo
infinitesimal
gotícula de pingo,
nela estão céus, terras e mares
(JRToffanetto)
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Do Bolero de Ravel, a generosidade da Maurice _ Ensaio JRT
Do silencio, o condutor da orquestra abre os olhos, é "Bolero", executado do fundo da alma que caminha. Sua batuta está na delicadeza de um palitinho. O tempo musical único é o próprio tema atemporal, claramente, uni verso de corpo crescente em cores, vibrações musicais em plenitude extensa do êxtase, ponto de realização em infinitude. Por generosidade de Maurice, o Belo acordado, repetindo-se, clonando-se, ampliando-se. O permanente estado da alma que sempre é mais, e mais ainda. Contemplação em infinita linguagem do eterno, forma poético musical, desde o princípio. Som om om.. o sem fim até o fim da execução temática que está lá, no fundo, raíz, ventura da floração, de novo ovo ovo...
Deste "sem esforço" da beleza ,escreveu Rubem Alves "Porque que é que se repete? Por ser bonito. A gente quer a repetição do beijo, do doce, do poema, do por-do-sol", e porque o belo é culminante insepulto. Diante do crepúsculo do entardecer, a pálpebra do dia se fecha e se abre em aurora, piscando sem fim para nós, exercícitando-nos à integração ao Belo que sempre será mais e mais, culminantemente, infinitamente insepulto, de galáxia em galáxia, generosas vias lácteas, desafio este até os confins do Cosmo, evoluir ir ir...
Ainda com a frase temática de Rubem Alves, lembro-me, agora, de um haicai de quase vinte anos "O poeta não larga dor no braço aonde dorme a mulher amada". Sofro da dor da Beleza que não larga de ressonar em mim.(JRToffanetto)
Deste "sem esforço" da beleza ,escreveu Rubem Alves "Porque que é que se repete? Por ser bonito. A gente quer a repetição do beijo, do doce, do poema, do por-do-sol", e porque o belo é culminante insepulto. Diante do crepúsculo do entardecer, a pálpebra do dia se fecha e se abre em aurora, piscando sem fim para nós, exercícitando-nos à integração ao Belo que sempre será mais e mais, culminantemente, infinitamente insepulto, de galáxia em galáxia, generosas vias lácteas, desafio este até os confins do Cosmo, evoluir ir ir...
Ainda com a frase temática de Rubem Alves, lembro-me, agora, de um haicai de quase vinte anos "O poeta não larga dor no braço aonde dorme a mulher amada". Sofro da dor da Beleza que não larga de ressonar em mim.(JRToffanetto)
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
Lábios vulcânicos _PoemaJRToffanetto
Lábios vulcânicos
No seio da terra
desde raízes,
o calor de uma estrela
sobre galhos secos.
Sob luz prata, íons fugidios
da lua no manto escuro.
são flores em botão,
exercícios da luz.
Ao se
abrirem,
criaturas aladas vem amar,
cores quentes contemplar,
beijar formas em néctar olor.
A intimidade do cosmo
de cálice em cálice,
pétalas sedosas
a lábios vulcânicos
(JRToffanetto)
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