"Não sou futurista nem passadista, eu sou eu."
Heitor Villa-Lobos
A mais popular das melodias villa-lobianas, nitidamente inspirada nas serestas, foi composta em 1938, com texto de Ruth Valadares Correa e dedicada a Arminda Villa-Lobos. Ruth Valadares Correa - que era também cantora - foi responsável pela estréia da obra, em 1939, sob a regência de Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Bidu Sayão andava de charrete pelas praias do Guaruja, aonde morava. Testemunhos da época contam que ela entrava na mata e cantava em meio à natureza, aos pássaros, e que se podia ouvir de muito longe.
Bidu Sayão - Bachiana nº 5 - Cantilena
Letra de Ruth Valadares Corrêa:
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a sua riqueza...
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Letra de Ruth Valadares Corrêa:
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a sua riqueza...
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
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