segunda-feira, 30 de abril de 2018
domingo, 29 de abril de 2018
Sonhorrealismo 52 - Imagem vilarense _JRToffanetto
Sexta-feira,
27.04, Saio do trabalho e, depois do congestionamento na saída da Bairro da
Ponte, entrou numa avenida de trânsito rápido congestionada de ponta a ponta e
vou avançando e parando. O tempo todo em
primeira e segunda marcha ao som das sirenes do carro Resgate do Corpo
de Bombeiros mais ambulâncias. Consigo escapar pela única saída à direita que dá
acesso à Av. São Paulo. Veículos se misturavam entre as duas avenidas
disputando palmo a palmo de espaço para entrar, e o mesmo se dava para subir a
Vila Arensa até que, com o carro parado, olhei pra minha esquerda e me deparei
com a imagem da foto(abaixo). Os poucos segundos para o fotografar foram com buzinação
de protesto, mas eu estava com calma da copa da árvore transpassada pelo
dourado do sol daquela hora, e não esquecido da tragédia e dor do acidente de veículos
na
Av.
dos Ferroviários mas, por caminhos do imponderável, agradecido por me encontrado
por um instante com àquela imagem de paz, da tarde se avizinhando ao crepúsculo,
da eternidade passando por ali. Sabia que a fotografia não grafa o ar da tarde,
aquele outro clima disponível ao sentir, pois só grafa o bidimensional, mas o clict foi no adimensional, na intenção dos
envolvidos naquele acidente de trânsito e seus familiares. (JRToffanetto)
Copinha em "Amando Sempre (Copinha)" e "Naquele Tempo (Pixinguinha)
Em minha primeira infância, lembro-me do meu pai, Sr. Orlando, levando-me a uma charutaria depois das missas de domingo, e de lá trazia pra casa discos de choro que ele passava o dia ouvindo-os em sua radiovitrola. Daí o fato de eu sentir gosto de hóstia no choro, o gosto azul do céu, o gosto das eternas manhãs de domingo, e nos dias de hoje, pra mim, e não estou sozinho nisto, um requintes de brasilidade. (JRT)
Nicolino Copia, conhecido como Copinha (São Paulo, 3 de março de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de março de 1984), foi um músico compositor, flautista, clarinetista e saxofonista brasileiro que se destacou no Choro.
Folhame. Haicai #604
Haicai #604
Folhame
Mãos ao vento
roçam versos do folhame.
Oh, o arvoredo
(JRToffanetto)
Folhame
Mãos ao vento
roçam versos do folhame.
Oh, o arvoredo
(JRToffanetto)
sábado, 28 de abril de 2018
Caio Senna - Cidades visíveis
Em Cidades Visíveis, Caio Senna, no meu entendimento, interpreta o interregno de sentimento psico-social nas cidades grandes.
sexta-feira, 27 de abril de 2018
quinta-feira, 26 de abril de 2018
Nossos olhares _Poema JRToffanetto
Nossos olhares
Nossos olhos
Um de sol outro
de terra
Um pra Luz
outro em treva
E até que no hodierno
um de sonho
outro em criação
Olhos do
sempiterno
olhar em contemplação
Nossos olhares dos
mais antigos
Novos olhos
ungidos
Nossos olhos dados
Nossos olhos castos
JRToffanetto
Haicai #6 Vésper
Haicai #6
Vésper
Sob céu violeta,
eis pétalas ao chão. Vésper
acode as estrelas
JRToffanetto
terça-feira, 24 de abril de 2018
Sonhorrealismo 43 em parceria do Yuri _fotoJRToffanetto
Sonhorrealismo 43
Enquanto “Sonhorrealismo
43”, a fotografia diz por si mesma. Surgiu de repente, e como nada é por
acaso... O Yuri aproxima-se da porta do carro com um livro protegendo seu rosto
do sol escaldante. Sol de verão em pleno outono. Fotografo-o da janela, de
baixo pra cima. Foram várias fotos. Pacientemente ele se colocou à minha
disposição. Já fizemos várias parcerias destas. É-me um privilégio toda criação
compartilhada, especialmente com ele, performático por natureza. (JRToffanetto)
Yuri (Ulrych) N.Toffanetto |
A flauta mágica de Toninho Carrasqueira
O flautista Toninho Carrasqueira passeia semanalmente pelos corredores do Hospital Premier tocando canções que fazem os pacientes lembrarem de suas infâncias e de momentos importantes que viveram.
Sonhorrealismo 40 A razão do Lírio _JRToffanetto
A razão do lírio
Sonhorrealismo 40
Fechando-se pra longa noite
escura,
o lírio, mais uma vez,
mergulhará no lodo.
Dele emergirá pra luz abrindo
pétalas incólumes.
Pela terceira vez, dar-se-á
em beleza, em pureza.
Lírios haverão enquanto
existir lodo.
JRToffanetto
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Sonhorrealismo 39 Poema de bolso _JRToffanetto
Sonhorrealismo 39
Poema de Bolso
Poema de Bolso
No bolso cheio de vento
Todo poeta traz um papel
Um toco de lápis grafite
Apontado de sentimentos
Giz de cera
domingo, 22 de abril de 2018
Sonhorrealismo 36 Luzes bruxas (Soneto III) _JRToffanetto
Ao fim das luzes
bruxas da cidade
Fronteira do
sonho com realidade
Por todo violáceo
ao amanhecer
Desperta fome de
azuis preencher
As mais devotas
velas são acesas
No sopro do vento
empurrando nuvens
Sol levante bem
acima das presas
Segue por
horizontes que desnuda
Chega a tarde
carmim atando o laço
Poesia da noite é
filosofia
Cicatriza chagas
de todo o dia
Mas feridas se
abrem com a porfia
luzes bruxas
sopram vela de sol
Se não se
salda o pão com o arrebol
JRToffanetto
sábado, 21 de abril de 2018
sexta-feira, 20 de abril de 2018
Sonhorrealismo 34 - Poema Sonho Real, És _JRToffanetto
És
Sois toda extensão do horizonte livre
Sois o sonho que te prolonga.
Sois olhos de pó abrindo-se ao sol
Sois face a face
Sois minha pupila aberta
Sois o Todo.
Sois tudo o que sentes
Sois o espaço que abres e cria-se
Sois o que de mim pode caber
Sois Eu Sou Eu Sou
(JRToffanetto)
quinta-feira, 19 de abril de 2018
Sonhorrealismo 32 - Banqueiro da cidade _JRToffanetto
Eu tenho um banco. Como todo banqueiro, sou rico e
orgulhoso, cheio da nota, notas de céu sobre a cidade, sobre as cabeças. Felizmente sou pobre de problemas. Silentes auroras... Agora vejo o que elas fizeram por mim. Deixei-me construir por esta moeda de vazio que é azul. Sabor lilás, dourado e laranja. Dia e noite o céu fala pra terra. Valor sem preço. Manhãs beijadas com fome, prenhe de pássaros no ninho. Devo um banco de imagens. Um banco no terraço... Quando custa uma nuvem carmim? Quanto custa minha cidade natal mais a em que moro? Fermentada de vida, quanto custa a rua em que passa o dia e a noite, o seco a seco no molhado aonde se abre o olho do sol a horizonte leste? (JRToffanetto)
terça-feira, 17 de abril de 2018
segunda-feira, 16 de abril de 2018
Sonhorrealismo 29. Umidade no seco a seco _JRToffanetto
Sonhorrealismo
29. Umidade no seco a seco
Então me lembrei
do início da caminhada. Tudo tão seco-seco ao redor e um sentimento úmido em contínuo.
Eu apenas caminhava, sentia, e sempre chegando ao mesmo ponto, o da partida, o do
sentimento úmido. Dei-me conta que só ia por este ponto. Passos
lentos... soltos, vazios e úmidos.
Olhando em
frente, um movimento incidental me deteve. O menor passarinho já visto por mim
pousara sobre uma haste de trepadeira sobre muro alto, tão alto quanto um sobrado
contra o céu encoberto, lá em cima. Senti o pouso do passarinho, seu balouço na
haste. Ali ele ficou, e eu também, sentindo-o. Esperava que ele cantasse, um
pio que fosse para identificá-lo de outra vez, quem sabe?
Descobri-me
imóvel quando meu pescoço acusou o peso da cabeça. Apoiei-a com uma das mãos
qual travesseiro. Talvez o passarinho não fosse canoro, mas nem um pio!
Cantasse ou não, piasse ou não, o passarinho estava em canto, no cantar daquele
encanto. De repente ele voou. Não vi pra onde, mas sei, dentro do ponto. Eu voltei
ao caminhar em umidade no seco a seco e ponto.
JRToffanetto
domingo, 15 de abril de 2018
Manhattan Transfer - Sing Joy Spring - Vocalese
Clique na tela abaixo pra ouvir direto do Youtube
este supra sumo vocal jazzístico:
Cá na Terra 3. Haicai #646
Cá
na Terra 3.
Haicai
#646
Sapore é saber
sabor sem peso
para o éter
JRToffanetto
Cá na Terra 2. Haicai #645
Com licença poética para adjetivar em substância
Cá
na Terra 2.
Haicai
#645
O estado de
leveza
A caber o Belo,
Infinitamente
JRToffanetto
Cá na Terra 1. Haicai #644
sábado, 14 de abril de 2018
Zoot Sims Quartet - Evening in Paris (John Eardley)
Zoot Sims(sax tenor), Henri Renaud(piano),
Benoit Quersin(bass), Charies Saudarais(drums)
Benoit Quersin(bass), Charies Saudarais(drums)
Sonhorrealismo 27 - Flor de Manjericão _foto e texto JRToffanetto
Vejo o mundo de hoje e do amanhã
pelo canteiro de temperos da Regina.
Vejo o mundo de hoje e do amanhã
pela bondade do gênio das flores
(JRToffanetto)
quinta-feira, 12 de abril de 2018
Sonhorrealismo 26 - O Dória mandou apagar _JRToffanetto
Do eu centrado em seu fazer artístico, eis a representação do novo em comum a poucos, desafiando-nos pelo quadro em branco, o vazio dentro do indivíduo, dizendo-nos como único espaço possível porque não ocupado pelo preto no branco do feroz cotidiano citadino.
O artista não assinou esta intervenção urbana em Vila Clementino-SP. Creio que seja o próprio, desenhado com os pés fincados no chão e de costas para a cidade enquanto religião e seus mandamentos dogmáticos.
Artistas que vieram trazer suas cores próprias, suas tintas como um presente, o novo no sistema em branco porque carente de sentido. O vazio alcança o significado de ser preenchido com a criatividade, por aqueles com existência real, e ainda brotando do chão pela eterna busca por significado, o belo em todos nós e que a cidade, a mente comum, cuida (debalde) solapar.
Olha só: por mim, o Dória, digníssimo prefeito da Cidade de São Paulo, apagasse grande parte dos grafites de "traços-sub" espalhados por aí, nem acharia ruim, mas o deste muro (gostaria de estar enganado) na esquina da Rua Leandro Dupret com a Loefgren, constituiu-se uma gritante falta de sensibilidade, uma asneira.
JRToffanetto
À luz. Haicai #489
À luz
Haicai #489
Flores brotam
ao rés do chão
Ao fundo do céu
as flores estão
JRToffanetto
Ao fundo do céu
as flores estão
JRToffanetto
Poema dorido _JRToffanetto
Poema dorido
No começo do
corredor havia alguém
Um pé depois do
outro descansava
No corredor
havia alguém com dor
Ciáticas dores imantavam
o corredorSonhorrealismo 25 _ Flor de mato 2 -JRToffanetto
Senão os poetas,
as crianças, os músicos...
quem mais colheria flores do mato?
No meu caso, colho-as com os olhos do sentir.
terça-feira, 10 de abril de 2018
segunda-feira, 9 de abril de 2018
Flores do Mato. Haicai #642
Flores do Mato
Haicai #642
Haicai #642
Sobre gramínea
em chão seco e duro,
flores ao sol
JRToffanetto
domingo, 8 de abril de 2018
Mathilde Bernard - "Jelek", Gyorgy Kurtag - viola solo
Pó das estrelas. Haicai #3
Haicai #3*
Soprando a terra
o vento levanta
pó das estrelas
JRToffanetto
* Meus primeiros haicais, o cento, foram escritos entre os anos de 2000 e 2001
sexta-feira, 6 de abril de 2018
Teu sonho não acabou (Taiguara) / Letra
"Não concordando de que o sonho acabou:"
(Taiguara)
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página inicial guarânia taiguara teu sonho não acabou
Teu sonho não acabou
Taiguara
exibições
61.143
Hoje a minha pele já não tem cor
Vivo a minha vida seja onde for
Hoje entrei na dança e não vou sair
Vem que eu sou criança não sei fingir
Eu preciso, eu preciso de você
Ah! Eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você
Lá onde eu estive o sonho acabou
Cá onde eu te reencontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender
Que eu preciso...
Só feche o seu livro quem já aprendeu
Só peça outro amor quem já deu o seu
Quem não soube a sombra, não sabe a luz
Vem não perde o amor de quem te conduz
Eu preciso...
Nós precisamos, precisamos sim
Você de mim, eu de você.
Enviar letra Jairo
página inicial guarânia taiguara teu sonho não acabou
Teu sonho não acabou
Taiguara
exibições
61.143
Hoje a minha pele já não tem cor
Vivo a minha vida seja onde for
Hoje entrei na dança e não vou sair
Vem que eu sou criança não sei fingir
Eu preciso, eu preciso de você
Ah! Eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você
Lá onde eu estive o sonho acabou
Cá onde eu te reencontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender
Que eu preciso...
Só feche o seu livro quem já aprendeu
Só peça outro amor quem já deu o seu
Quem não soube a sombra, não sabe a luz
Vem não perde o amor de quem te conduz
Eu preciso...
Nós precisamos, precisamos sim
Você de mim, eu de você.
Trovejos Haicai #15
Trovejos Haicai #15
Em arco-íris te vejo,
tempestade que parte
em soluços trovejos
(JRToffanetto)
Definição para "Sonhorrealismo" (ovo de passarinho/fotoJRT)
Classificar é fácil, como p.ex. "fotografia conceitual" que, pra mim, está mais como criação conceitual para forma fotográfica. Em 21.03.2018, inventei o termo Sonhorrealismo, para
classificar, a princípio, meu fotografar de rua a partir de 2010 pra cá. Assim
o defino quando a imagem salta para além do real (matéria), criando um novo campo de fruição, a dimensão do sentir. Já dei outros nomes para isto:
fotopensante, fotopoema, fotoabstração... Fundir
sonho com realidade eu sempre fiz por todo meu fazer artístico literário e em
tudo o que faço e “até a última gota do meu sangue”, como certa vez disse a poetisa
Adélia Prado. (JRToffanetto)
Anverso. Haicai #440
Anverso
Haicai #440
Ai,
a Terra é um poema,
versos das estrelas
num saquinho de pó
JRToffanetto
quarta-feira, 4 de abril de 2018
segunda-feira, 2 de abril de 2018
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