quinta-feira, 19 de abril de 2018

Sonhorrealismo 32 - Banqueiro da cidade _JRToffanetto



Eu tenho um banco. Como todo banqueiro, sou rico e orgulhoso, cheio da nota, notas de céu sobre a cidade, sobre as cabeças. Felizmente sou pobre de problemas. Silentes auroras... Agora vejo o que elas fizeram por mim. Deixei-me construir por esta moeda de vazio que é azul. Sabor lilás, dourado e laranja. Dia e noite o céu fala pra terra. Valor sem preço. Manhãs beijadas com fome, prenhe de pássaros no ninho. Devo um banco de imagens. Um banco no terraço... Quando custa uma nuvem carmim? Quanto custa minha cidade natal mais a em que moro? Fermentada de vida, quanto custa a rua em que passa o dia e a noite, o seco a seco no molhado aonde se abre o olho do sol a horizonte leste? (JRToffanetto)


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