domingo, 22 de abril de 2018

Sonhorrealismo 36 Luzes bruxas (Soneto III) _JRToffanetto



Ao fim das luzes bruxas da cidade
Fronteira do sonho com realidade
Por todo violáceo ao amanhecer
Desperta fome de azuis preencher

As mais devotas velas são acesas
No sopro do vento empurrando nuvens
Sol levante bem acima das presas
Segue por horizontes que desnuda

Chega a tarde carmim atando o laço
Poesia da noite é filosofia
Cicatriza chagas de todo o  dia

Mas feridas se abrem com a porfia
luzes bruxas sopram vela de sol
Se não se salda  o pão com o arrebol

JRToffanetto


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