quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A Saudade (2) JRToffanetto



A Saudade (2)

A Saudade (1) e, assim, admirando a beleza do micro ao macrocosmo, é desconforme definirem-na como nostálgica, melancólica ou triste.

Ela é tão bela qual tarde em crepúsculo (melancólico? triste?) avizinhando o manto escuro que nos abre para as estrelas, para o universo de galáxias, dimensões, a Grandiosidade. Medo do que? Do desconhecido? Mas porque medo daquilo que não se conhece? Tudo diz para aprendermos com ela; Quem somos, de onde viemos, pra onde vamos? Do contrário é comodismo, fuga psicológica, forjação mental, e pior, a degeneração do eu.

Tê-la qual crepúsculo da tarde como algo triste... algo como o fim de tudo, a morte? Puro egoísmo. Não seria falta de espaço interno por que obstruído por verdades pessoais sem juízo de valor? Limpar, integrar no que possa caber em si mesmo e de modo a gerar aumento de tamanho.

Porque não varar a noite escura até o alvorecer, delicado e belo, rarefeito, canoro, repleto de bons ares, de pura energia criativa para darmos forma à resultante de tantas estrelas ao sentir para além da Via láctea? A aurora não é o reflexo do sonho das estrelas para todo santo dia em grandeza da Grandiosidade, e por Amor?

Deixar a vida passar em "ismos" sem minimamente exercitar-se mental e filosoficamente é desperdício, é  apoético, é egocentrismo, é viver em escuridão como resultante final. Neste caso, a tal da saudade exclusiva da língua portuguesa é mesmo triste.

A tarde em crepúsculo que parece se despedir da gente, fica morando na pálpebra do Criador através da sua. O Belo, não se despede da gente, integra-se a nós. Dia e noite entra e sai por todos os nossos poros. É pertence da linguagem do eu. A beleza sutil em matéria construindo nossa própria identidade o tempo todo, e só você não percebe!. Défice  de atenção ou défice de aprendizado?
A dor é passageira
a saudade nâo
Saudade em gênese,
mas que bela és tu. 
_JRToffanetto

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