Canto o que veio cantar em mim
(Parte 1 e 2) _JRToffanetto
Versos para declame em uma voz alternando dois tons
Parte 1
Outono e Inverno
Outono e Inverno
Mesmo que o poeta
o mais belo poema tenha escrito
ante a inspiração fica à espera
vazio de palavra e sentido
Chegam ao inverno as folhas de outono
Em marrom opaco o que foi verde brilhante
juntando-se a outras ao viés do vento fustigante
O que foi sonho agora se ampara
numa fria pedra de sono
A coruja abre seus olhos de lua
Noite desalmada, dia de falcão inclemente
Não brota nenhum poema, nem há canto silente
desalmados olhos brancos ganham a rua
nenhuma folha escapou do vento
a vida vem perdida de alento
salvo cova que terra cobriu semente
A árvore habitada por pássaros canoros
um só espectro da sombra ao ninho
poderia tombar como lenha por tanto desalinho
não fosse a vez de as raízes assegurarem o vindouro
Recolheram para si todo viço
no brilho das folhas e no calor das flores deu sumiço
na falta d,'água bebeu até o frescor da sombra
nenhum fruto d'árvore restou da outrora pompa
sob o vento e a claridade de sol esmaecido
tudo seco, o humor desaparecido
chão de paupérie
Parte 2
Primavera e Verão
Sob a terra, substrato nas raízes é tudo
agora apronta-se o broto, depois o fruto
perante ao dia luz, bem sabe a árvore de luto
plena potência velada dentro de si,
tronco, galhos, folhas e flores
súbito eclodir, agora cabe
-É primavera! é primavera! Se bem diz
O poeta acorda para o dia luz
por se recriar desperto à vida
ao sol, finalmente elementos combina
sentimentos, emoções, expressão acima de si,
ao outro abre a porta do impalpável limiar
A realidade exterior invólucro físico
agora faz sentido o folículo com a raiz
a árvore é sobrepujada pela flor
cor e perfume sublimam a verde cor
o fruto vivo faz o mesmo
nenhuma semente vai a esmo
Versos são apenas versos
A Poesia vive o arborescer
desperta doutro luminescente
O planeta vive o alvorecer
A bandeira desde sempre concludente
Aprendiz do Jardineiro abre-a em canteiros
do crescer e frutificar ao infinito
o Éden retornando ao Poeta Maior
Espírito da Poesia
Poesia do espírito
Poesia da Vida
Vida da Poesia
no brilho das folhas e no calor das flores deu sumiço
na falta d,'água bebeu até o frescor da sombra
nenhum fruto d'árvore restou da outrora pompa
sob o vento e a claridade de sol esmaecido
tudo seco, o humor desaparecido
chão de paupérie
Parte 2
Primavera e Verão
Sob a terra, substrato nas raízes é tudo
agora apronta-se o broto, depois o fruto
perante ao dia luz, bem sabe a árvore de luto
plena potência velada dentro de si,
tronco, galhos, folhas e flores
súbito eclodir, agora cabe
-É primavera! é primavera! Se bem diz
O poeta acorda para o dia luz
por se recriar desperto à vida
ao sol, finalmente elementos combina
sentimentos, emoções, expressão acima de si,
ao outro abre a porta do impalpável limiar
A realidade exterior invólucro físico
agora faz sentido o folículo com a raiz
a árvore é sobrepujada pela flor
cor e perfume sublimam a verde cor
o fruto vivo faz o mesmo
nenhuma semente vai a esmo
Versos são apenas versos
A Poesia vive o arborescer
desperta doutro luminescente
O planeta vive o alvorecer
A bandeira desde sempre concludente
Aprendiz do Jardineiro abre-a em canteiros
do crescer e frutificar ao infinito
o Éden retornando ao Poeta Maior
Espírito da Poesia
Poesia do espírito
Poesia da Vida
Vida da Poesia
Nenhum comentário:
Postar um comentário