Seguindo as recomendações do Dr. Ramos, levei uma garrafinha de água para, debaixo de uma árvore do “Bolão” – Parque Comendador Nicolino de Lucca (de frente à quadra de tênis) abrir o seu receituário de antídotos. Fiquei esperando o momento certo, afinal, a minha hipocondria pela Poesia como a entendo, não passava de ironia, um modo de rir de mim mesmo. Abortá-la seria uma violência sem igual. Deixar de senti-la significaria, p.ex., ignorar a Poesia que são minha mulher e filhos. “Ah, este doutor só pode estar querendo me pregar uma peça”, pensava eu.
Ao me voltar para o papel, vi na ponta do lápis o bico do “João de Barro” e o haicai ficou assim composto:
Op. 09
Cantar sempre quiz
Cantar sempre quiz
do bico do passarinho
em ponta de lápis
©
Só tomei conhecimento dos antídotos do Dr. Ramos depois de escrito o poema acima. Enfim, esperaria sua secretária me marcar o dia do retorno.
Obs: Esta postagem é continuação da postagem de 07 de março, e que se seguirá numa série.
Obs: Esta postagem é continuação da postagem de 07 de março, e que se seguirá numa série.
Jairo Ramos Toffanetto
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