FotoJRToffanetto
23.08.13 - Jundiaí/SP
Despedida de um samba enredo, sozinha em um pátio de sucatas, a fantasia resiste à realidade, Sem samba nos pés, seu olhar é animado pela animação ausente, vive o espectro mudo.
- Oh pátio de sucatas, imobilizada estou na eterna quarta-feira de cinzas. Não ouço a escola de samba. Cadê o fervo dos tamborins?
- Oh Mestre Sala, um reco-reco que fosse, um som na caixa pondo a esta noite eterna pra ferver. Pudesse eu parar esta cuíca chorando dentro do meu peito...
- Oh colombinas, arlequins e pierrôs apaixonados... meus amores. A realidade é sem máscara sob a face da morte.
- Querem saber? Rasgo a fantasia por um sonho que me dê existencia verdadeira, e então, adeus avenida, adeus batucada querida. Rei Momo, adeus. Adeus porta-bandeira. cabrochas e passistas. Vou-me embora daqui. Vou para o Congo/Lá sou Pasárgada dos Santos Reis. É bem ali.
JRToffanetto
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