Ao me sentir meio seco, mas só num instante de minuto ao dia, tão duro quanto a vida comum, do inconsciente brota uma canção, mas só a melodia, sem a letra. Assobio-a até que ela desapareça do mesmo modo como surgiu. Então digitei "assobio" no google imagem. Imaginava ver tanta gente fazendo biquinho? Pra minha surpresa, apareceu esta garrafa de vinho ao lado. Coincidência? dei-me conta do rótuo: ASSOBIO de cor blasé, digo: rosê, safra de 2009. Deve ser bom para quem goste. Eu sou do velho assobio tinto e que sempre me abre o mais novo sentimento, o do Eterno, uma saudade que não se mata pelo gargalo, mas pelo "sapore" (saber). Basta desarrolhá-lo, deixá-lo descer para subir, para submergir da vida comum. Só as formigas de Esopo não sabem assobiar porque têm podadeira no lugar do
biquinho. Beba deste assobio você também. Só um biquinho, vai.
JRToffanetto
2 comentários:
Ao tomar a primeira taça, assobiamos uma ária de Bach; talvez. Após terminar a última, estamos assobiando "Saudade de Matão".
Por tua sugestão, Fernando, fui até a última taça, matei a garrafa, e como você disse, veio, de fato, a "Saudade do Matão" e fui dormir com ela. Não sei por que cargas d'águas, acordei com "Lampião de Gás". Ben Bom esse Assobio, heim?
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