Na rua da minha casa, finzinho do inverno, diariamente tenho visto a beleza saindo pra rua por cima do muro de duas casas vizinhas. Vizinhas aperaltadas esticando seus braços pra calçada com flores nas mãos.
Encantadoras
em sua pureza, formas e cores, vestem-se da luz do sol, da claridade da nudez, da perfeição. O sorriso da manhãzinha é delas. Na doce linguagem do sentir são conversadeiras.
O ano todo as vejo pulando o muro, mas... hoje... seus braços não se esticavam para a calçada, e a rua ficou sem o vestido roxo de uma e vermelho da outra.
Mas eu sei, as irmãs da Poesia ainda estavam lá, ao lado de suas flores coração socadas num saco preto.
Voltarão com a primavera. Mais uma vez pularão o muro com flores nas mãos. São muito sapecas as irmãs azaléas.
Mas eu sei, as irmãs da Poesia ainda estavam lá, ao lado de suas flores coração socadas num saco preto.
Voltarão com a primavera. Mais uma vez pularão o muro com flores nas mãos. São muito sapecas as irmãs azaléas.
JRToffanetto
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