Nos escombros da Pompéia, antiga cidade romana petrificada
pelo vulcão Vesúvio, foram encontradas pichações em muros, pedras e madeiras, e
feitas em carvão, as quais poderiam ser oportunamente apagadas. Vinham
assinadas suas ideias manifestas ou atividades predominantes locais, e
revelaram sua importância histórica para os dias de hoje, e até para estudos de
filologia quanto ao latim vulgar então praticado (veja o link http://www.filologia.org.br/revista/artigo/10(29)06.htm).
O "escadão" na trilha dos contos de fadas (FotoJRToffanetto, post de 28.11.2011) |
Talvez porque não consigam vencer o muro misturam-se a ele. Nele, a realidade do tijolo a tijolo, um a um sobre barro não lhes é aceitável mas, fundidos nesta ordem de realidade, expressam sua condição impotente, tão irreconhecível quanto ininteligível. Daí o fato de sua caligrafia desastrosa, de nenhum significado a não ser o sentimento odioso de emporcalhar o que não conseguem alcançar.
No grafite pichador acima, sem brincadeira, parece-me, senão o caprichado auto retrato do grafiteiro pichador, a imagem do espírito que abduziu todos eles. É válido agredir com o grotesco? Perto disto, o grafite feito no muro do escadão é arte erudita. Enfim, o non-sense dadaísta ficaria chocado.
JRToffanetto
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