No vídeo, partes do muro estão espalhadas pelo mundo inteiro.
Gostei de vê-lo entre flores e, mais ainda num museu de Buenos Aires (é isto
mesmo?). Todavia, nenhuma reflexão sobre o muro em si mesmo (self).
A queda do muro de Berlim foi um marco
histórico. Se derruba o muro fora, derruba-o também dentro, internamente. Caiu
o muro que construímos com nossas verdades pessoais destituídas de juízo de
valor? Abriu-se espaço para a passagem do novo inteiramente novo ou apenas para
outras e novas verdades pessoais?
Derrubando-se o muro interferiu-se no meio
mas... e o homem, modificou-se?
Com vinte e cinco anos daquela importante
data, atingiu-se a maioridade. Maioridade demanda responsabilidade. Não tenho
dúvida que muitos avanços houveram lá na Alemanha, todavia, há que se
questionar o indivíduo. Há que se perguntar "Hoje sou mais feliz do que
antes da queda do muro?" A coisa se perde, não se sustenta.
Meus amigos, a cortina de ferro continua
dentro. O sujeito ainda que quer se livre "por decreto" ou "por
direito" continua. A liberdade é uma conquista individual. Um dia, eu,
você, nós e eles, cada um, todos nós, aqui e na Cochinchina, teremos a coragem
de sermos verdadeiramente livres, livres e verdadeiros. Teremos construído um
Mundo Bem Melhor do que aí está.
Até hoje, tanto o muro quanto a paz nada
mais são do que símbolos.
Tem um rock nacional do Serginho Dias (Mutantes) que diz assim
“Parece que o discurso que Jesus Cristo fez
Foi feito para pessoas que sofrem de surdez”
Jairo Ramos Toffanetto
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