quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O fim da sombra


Google Imagens

Do corpo que afigurava, a sombra se livrara sem ir com ele a sete palmos debaixo da terra.

Tão densa ela ficou que mau conseguia se locomover ao rés do chão.

Procurava alcançar uma fenda nas pedras para se esconder por tempo indeterminado, uma eternidade, talvez.

Mas, algo a prendia.

Enroscara-se no espinho de um rosa largada ao chão.

Desesperada, debateu-se por toda madrugada.

Arrepiou-se com a chegada da barra clara do dia.

Desapareceu sob o primeiro raio de luz.

Moldasse-se ela à rosa...


(JRToffanetto)


Nenhum comentário: