sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Crônica de um presente

Ganhei da Regina uma caneta tinteira, e na primeira oportunidade a empunhei escrevendo em três quadrados de um papel sulfit dobrado. Saiu-me assim:

Em sua pena tinteira, há uma ave a pousar em minha caneta.
Eu sei de onde ela vem. Vem de imemoriáveis céus azuis,
desde antes do primeiro e segue ao infinito.
Nunca sei quando ela chega ou parte.
Sei que ela cá está só quando começo escrever.
Se não está, por atraí-la... escrevo.
Sou teimoso nesta parte, mas é ela,
ela quem se encontra comigo.


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