quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Professor João e a Ventura do Conhecimento (foto e texto JRT)


Algumas pessoas, pelo seu exemplo de conduta, clareza de raciocínio, brilho da bondade, passam pelas nossas vidas deixando marcas inesquecíveis a reformular nossa construção interna, alinhando-nos para a vida. Tanto melhor quando ocorre na primeira e segunda infância, e extensivo à adolescência em floração. Assim faziam os professores do GEVA - Colégio Estadual Dr. José Romeiro Pereira e, em destaque, o professor de Física, Sr. João Batista Archangelo.

Alunos mais adiantados do Colégio  diziam que Física era uma matéria temerária pra todo estudante atrás de notas pra passar de ano. Mas quando chegou a nossa vez, havia um novo professor para aquela matéria. Com ele, logo se provou a inexistência do tal "fantasma da Física".

Domingo chuvoso, 22.10.2017, na R.Dr.Olavo Guimarães em Vila Arens
Ele era "aquele" professor que abria o conhecimento à luz da beleza levando todos a sentir, ensinava dentro da gente.

Com a beleza, da ventura do saber, ele parava nossa mente para expandi-la no ponto do entendimento em exercício da aprendizagem. Por assim ser, não deixava espaços escuros a espectros da não cognição. 

Incursionava-nos à dimensão de leis universais que regem o nosso plano físico para, depois, ilustrá-las no quadro negro.

Impulsionava-nos a uma altura em que pudéssemos ver o movimento constante até à “Velocidade Zero”, quando, então, voltavamo-nos em consubstanciação, um espetáculo.

Estendia-nos a mão para, com o gosto do saber, descortinar-nos o desconhecido, um novo universo. Caminhávamos juntos por novas e atraentes possibilidades.

Aprendíamos que tudo pode ser explicado, levado à prática, e que todo mistério é passível de explicação, exigindo-se, como regra, desvendá-lo pela clareza, sem esforço.

Ao modo como o Professor João nos dispunha o saber, víamos a ciência pelo prazer, pelo sabor da beleza como força de atração, daí o querê-la por todos. Cada um a integrava no tanto que poderia caber, mais e mais, como uma aventura do conhecimento. Assim, suas aulas, qual festa, eram aguardadas, queridas. Saíamos da sala de aula portando o apreendido qual presente.

Enfim, destes tempo gloriosos, faço esta sincera homenagem a todos aqueles mestres que tive oportunidade de conhecer, conviver e respeitar, especialmente ao Professor João, até hoje meu amigo e, como sei, também amigo da maioria daqueles que o tiveram em sala de aula em permanente celebração da amizade.


JRToffanetto

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