Cruz
de Flauta (2)*
Do
sopro oco bambu
todo
poeta carrega
papel
verde,
um
retalho que for
em
branco
verde
de ideias
Antes
da palavra
No
bolso cheio de vento
Todo
poeta traz
Um
toco de lápis
Grafite
apontado
Sentimentos
giz de cera
Lança
mão do lápis
Estica
o arco
O
estro
Arremete-o
em mira
Atravessa
nuvens densas
à arca
de estrelas
Vindas
com a brisa das manhãs
Borboletas
de todas as pétalas
Aventam
retalhos verdes por aí
sob a
poeira dos tempos
Levantam
dormitantes
versos bebês
Voe
papel
Cante
Voe
verde
Cante
Voe ao
sol
Doure-se
Cante
sopro oco
bambu
(JRToffanetto)
*A
cruz de flauta (1) é um poema bem longo escrito em uma semana/full time entre
1999 e 2001. Publiquei a primeira parte neste meu blog “Poemas de Sol”.
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